Os embaixadores de Babilônia
217
Porque não pode louvar-Te a sepultura,
nem a morte glorificar-Te;
Nem esperarão em Tua verdade os que descem à cova.
[177]
Os vivos, os vivos, esses Te louvarão como eu hoje faço;
o pai aos filhos fará notória a Tua verdade.
O Senhor veio salvar-me;
pelo que, tangendo eu meus instrumentos,
nós O louvaremos todos os dias de nossa vida na casa do Senhor”.
Isaías 38:10-20.
Nos férteis vales do Tigre e do Eufrates habitava um antigo povo
que, embora nesse tempo estivesse sujeita à Assíria, estava destinada
a governar o mundo. Havia entre o seu povo homens sábios que
davam muita atenção ao estudo da astronomia; e quando notaram
que a sombra do quadrante solar havia regredido dez graus, ficaram
grandemente maravilhados. Seu rei, Merodaque-Baladã, tendo sido
informado de que este milagre se realizara como um sinal ao rei de
Judá de que o Deus do Céu lhe havia assegurado nova etapa de vida,
enviou embaixadores a Ezequias a fim de com ele se congratular por
seu restabelecimento, e se informar, se possível, mais a respeito do
Deus que realizava tão grande maravilha.
A visita desses mensageiros do governante de tão distante terra
dava a Ezequias a oportunidade de celebrar o Deus vivo. Quão fácil
lhe teria sido falar-lhes de Deus, o sustentador de todas as coisas
criadas, por cujo favor sua própria vida tinha sido poupada, quando
todas as outras esperanças haviam desaparecido Que momentosas
transformações poderiam ter ocorrido, caso esses pesquisadores
da verdade, vindos das planícies da Caldéia, fossem levados ao
conhecimento da suprema soberania do Deus vivo
Mas o orgulho e a vaidade tomaram posse do coração de Eze-
quias, e em exaltação própria expôs aos olhos cobiçosos os tesouros
com que Deus havia enriquecido o Seu povo. O rei “lhes mostrou a
casa do seu tesouro, a prata e o ouro, e as especiarias, e os melhores
ungüentos, e toda a sua casa de armas, e tudo quanto se achava nos
seus tesouros; coisa nenhuma houve, nem em sua casa, nem em