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Profetas e Reis
formosura. [...] Todas as árvores do Éden, que estavam no jardim de
Deus, tiveram inveja dele”.
Ezequiel 31:3-9
.
Mas os senhores da Assíria, em vez de usar suas bênçãos in-
comuns para o benefício da humanidade, tornaram-se o flagelo de
muitas terras. Destituídos de misericórdia, o pensamento ausente de
Deus ou do próximo, perseguiram um plano determinado de levar
todas as nações a reconhecerem a supremacia dos deuses de Nínive,
que eles exaltavam acima do Altíssimo. Deus lhes havia enviado
Jonas com uma mensagem de advertência, e por algum tempo eles
se humilharam perante o Senhor dos Exércitos, e buscaram perdão.
Mas logo retornaram ao culto dos ídolos e à conquista do mundo.
O profeta Naum, denunciando os malfeitores de Nínive, excla-
mou:
“Ai da cidade ensangüentada!
Ela está toda cheia de mentiras e de rapina!
Não se aparta dela o roubo.
Estrépito de açoite há,
e o estrondo do ruído das rodas;
e os cavalos atropelam, e carros vão saltando.
O cavaleiro levanta a espada flamejante,
e a lança relampagueante,
e haverá uma multidão de mortos. [...]
Eis que Eu estou contra ti,
diz o Senhor dos Exércitos”.
Naum 3:1-5.
Com infalível exatidão, o Infinito ainda ajusta conta com as
nações. Enquanto Sua misericórdia é oferecida, com chamados para
o arrependimento, esta conta permanece aberta; mas quando as cifras
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alcançam um certo montante que Deus tem prefixado, o ministério
de Sua ira começa. A conta é encerrada. Cessa a divina paciência. A
misericórdia não mais pleiteia em seu benefício.
“O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em força, e ao culpado
não tem por inocente; o Senhor tem o Seu caminho na tormenta, e na
tempestade, e as nuvens são o pó dos Seus pés. Ele repreende o mar,
e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo,