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Profetas e Reis
O livro era abundante em declarações assegurando a disposição
de Deus em salvar perfeitamente os que pusessem nEle sua inteira
confiança. Como Ele operara em livrá-los do cativeiro egípcio, assim
agiria poderosamente para estabelecê-los na terra da promessa e
colocá-los como cabeça das nações da Terra.
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Os estímulos oferecidos como recompensa da obediência fo-
ram acompanhados por profecias de juízo contra o desobediente;
e ao ouvir o rei as inspiradas palavras, reconheceu, no quadro que
lhe estava diante, condições similares às predominantes então no
reino. Em conexão com essa retratação profética do afastamento de
Deus, ele ficou alarmado ao encontrar afirmações claras de molde a
concluir que o dia da calamidade seguir-se-ia depressa, e que não
haveria remédio. A linguagem era clara; não se poderia compreender
diferentemente o significado das palavras. E no encerramento do vo-
lume, num sumário do trato de Deus com Israel e uma repetição dos
eventos futuros, esses assuntos foram tornados duplamente claros.
Aos ouvidos de todo o Israel, Moisés havia declarado:
“Inclinai os ouvidos, ó Céus, e falarei;
e ouça a Terra as palavras da minha boca.
Goteje a minha doutrina como a chuva,
destile o meu dito como o orvalho,
como chuvisco sobre a erva
e como gotas de água sobre a relva.
Porque apregoarei o nome do Senhor;
dai grandeza a nosso Deus.
Ele é a Rocha cuja obra é perfeita,
porque todos os Seus caminhos juízos são;
Deus é a verdade, e não há nEle injustiça;
justo e reto é”.
Deuteronômio 32:1-4.
“Lembra-te dos dias da antiguidade,
atenta para os anos de muitas gerações;
pergunta a teu pai, e ele te informará,
aos teus anciãos, e eles to dirão.
Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações,