Página 265 - Profetas e Reis (2007)

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Jeremias
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de perder de vista a santidade do sábado, e foram solenemente adver-
tidos contra o seguir seus interesses seculares nesse dia. Uma bênção
fora prometida sob a condição de obediência. “Se diligentemente
Me ouvirdes”, o Senhor declarou, “e santificardes o dia de sábado,
não fazendo nele obra alguma, então entrarão pelas portas desta
cidade reis e príncipes, assentados sobre o trono de Davi, andando
em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens
de Judá, e os moradores de Jerusalém; e esta cidade será para sempre
habitada”.
Jeremias 17:24, 25
.
Essa promessa de prosperidade como recompensa de obediência
foi acompanhada por uma profecia de terríveis juízos que cairiam
sobre a cidade caso seus habitantes se provassem desleais a Deus e
Sua lei. Se as admoestações para obediência ao Senhor Deus de seus
pais e a santificação de Seu dia de sábado não fossem atendidas, a
cidade e seus palácios seriam totalmente destruídos pelo fogo.
Assim o profeta manteve-se firmemente ao lado dos sãos prin-
cípios do reto viver tão claramente esboçados no livro da lei. Mas
as condições prevalecentes na terra de Judá eram tais que somente
pelas mais positivas medidas poderia ser efetuada uma mudança para
melhor; daí trabalhar ele com o máximo fervor pelos impenitentes.
“Lavrai para vós o campo da lavoura”, ele pedia, “e não semeeis
entre espinhos”. “Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para
que sejas salva”.
Jeremias 4:3, 14
.
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Mas o chamado ao arrependimento e reforma não foi atendido
pela grande massa do povo. Desde a morte do bom rei Josias os que
haviam reinado sobre a nação se mostraram infiéis ao seu encargo,
tendo levado muitos ao extravio. Jeoacaz, deposto pela interferên-
cia do rei do Egito, fora seguido por Jeoaquim, o filho mais velho
de Josias. Desde o início do reinado de Jeoaquim, Jeremias tivera
pouca esperança de salvar sua amada terra da destruição e o povo
do cativeiro. Mas não lhe foi permitido permanecer em silêncio
enquanto total ruína ameaçava o reino. Os que haviam permanecido
leais a Deus deviam ser encorajados a perseverar na prática do bem,
devendo os pecadores, se possível, ser induzidos a voltarem-se da
iniqüidade.
A crise pedia um esforço público e de longo alcance. Jeremias
foi ordenado pelo Senhor a erguer-se na corte do templo e falar
a todo o povo de Judá que passasse dentro e fora. Não devia ele