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Profetas e Reis
lisonjeiam sua vaidade e revelam suas más obras. No dia da tribu-
lação tais pessoas não terão refúgio certo, nem auxílio do Céu. Os
servos escolhidos de Deus devem enfrentar com coragem e paciência
as provas e sofrimentos que sobre eles recaem na forma de acusa-
ções, desprezo, deturpações. Devem eles continuar a desempenhar
fielmente a obra que Deus lhes deu a fazer, sempre lembrando que
os profetas do passado e o Salvador da humanidade e Seus apóstolos
também suportaram abusos e perseguições por amor da Palavra.
Era propósito de Deus que Jeoaquim atendesse aos conselhos de
Jeremias, e ganhasse o favor de Nabucodonosor, livrando-se de mui-
tos pesares. O jovem rei havia jurado obediência ao rei de Babilônia.
Tivesse ele permanecido fiel a sua promessa, e teria conquistado o
respeito dos pagãos, e isto teria levado a preciosas oportunidades
para a salvação de pecadores.
Desdenhando os privilégios fora do comum que lhe eram ou-
torgados, o rei de Judá deliberadamente seguiu o caminho de sua
própria escolha. Violou sua palavra de honra ao rei de Babilônia, e
rebelou-se. Isto o levou, como também ao seu reino, a um caminho
apertado. Contra ele foram enviadas “as tropas dos caldeus, e as
tropas dos siros, e as tropas dos moabitas, e as tropas dos filhos
de Amom” (
2 Reis 24:2
), e ele foi impotente para livrar a terra
de invasão desses piratas. Dentro de poucos anos ele encerrou seu
desastroso reinado em ignomínia, rejeitado do Céu, malquisto por
seu povo e desprezado pelos senhores de Babilônia cuja confiança
ele traíra — e tudo isto como resultado de seu erro fatal de virar
as costas aos propósitos de Deus como revelados por meio de Seu
escolhido mensageiro.
Joaquim (também conhecido como Jeconias, e Conias), filho de
Jeoaquim, ocupou o trono apenas três meses e dez dias, quando se
rendeu aos exércitos caldeus que, em virtude da rebelião do rei de
Judá, estavam uma vez mais cercando a cidade condenada. Nesta
ocasião, Nabucodonosor “transportou Joaquim a Babilônia; como
também a mãe do rei, e as mulheres do rei, e os seus eunucos, e
os poderosos da terra”, contando vários milhares, juntamente com
“carpinteiros e ferreiros até mil”. Juntamente com estes o rei de
Babilônia levou “todos os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros
da casa do rei”.
Jeremias 24:15, 16, 13
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