Página 318 - Profetas e Reis (2007)

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Profetas e Reis
sonhei me tem escapado. Por conseqüência, se me não fazeis saber
o sonho, uma só sentença será a vossa; pois vós preparastes palavras
mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença até que
se mude o tempo. Portanto dizei-me o sonho, para que eu entenda
que me podeis dar a sua interpretação”.
Daniel 2:5-9
.
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Temerosos com as conseqüências do seu fracasso, os mágicos
procuraram mostrar ao rei que seu pedido era irrazoável, e o que
ele requeria estava além do que já havia solicitado em qualquer
tempo ao homem. “Não há ninguém sobre a Terra”, eles objetaram,
“que possa declarar a palavra ao rei; pois nenhum rei há, senhor
ou dominador, que requeira coisa semelhante de algum mago, ou
astrólogo, ou caldeu. Porquanto a coisa que o rei requer é difícil, e
ninguém há que a possa declarar diante do rei, senão os deuses, cuja
morada não é com a carne.”
“Então o rei muito se irou e enfureceu, e ordenou que matassem
a todos os sábios de Babilônia.”
Entre as pessoas procuradas pelos oficiais que se estavam pre-
parando para cumprir o estipulado no decreto real, estavam Daniel
e seus companheiros. Quando informados que de acordo com o
decreto também eles deviam morrer, Daniel inquiriu de Arioque,
capitão da guarda do rei, “avisada e prudentemente”: “Por que se
apressa tanto o mandado da parte do rei?” Arioque contou-lhe a
história da perplexidade do rei a respeito de seu notável sonho, e seu
fracasso no sentido de conseguir auxílio da parte daqueles que até
então tinham desfrutado sua mais plena confiança. Depois de ouvir
isto, Daniel, tomando sua vida em suas mãos, aventurou-se a ir à
presença do rei, e rogou-lhe tempo, para que pudesse suplicar ao seu
Deus que lhe revelasse o sonho e a sua interpretação.
A este pedido o monarca concordou. “Então Daniel foi para
a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus
companheiros”.
Daniel 2:10-17
. Juntos buscaram sabedoria da Fonte
de luz e conhecimento. Sua fé era forte na certeza de que Deus tinha-
os colocado onde estavam, que eles estavam fazendo a Sua obra
e cumprindo os reclamos do dever. Em tempos de perplexidade
e perigo tinham-se voltado sempre para Ele em busca de guia e
proteção, e Ele Se mostrara um auxílio sempre presente. Agora com
coração contrito submetiam-se de novo ao Juiz da Terra, implorando
que lhes desse livramento neste tempo de especial necessidade.