Na cova dos leões
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por Deus como Seu embaixador, sendo-lhe dadas muitas revelações
dos mistérios dos séculos por vir. Suas maravilhosas profecias, tais
como registradas por ele nos capítulos sete a doze do livro que
traz o seu nome, não foram inteiramente compreendidas mesmo
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pelo próprio profeta; mas antes que findassem os labores de sua
vida, foi-lhe dada a abençoada certeza de que “no fim dos dias”,
isto é, na conclusão do período da história deste mundo, ser-lhe-ia
permitido outra vez estar na sua posição e lugar. Não lhe fora dado
compreender tudo o que Deus tinha revelado do divino propósito.
“Fecha estas palavras e sela este livro”, foi-lhe ordenado quanto aos
escritos proféticos; estes deviam ser selados “até ao fim do tempo.”
“Vai, Daniel”, o anjo ordenou uma vez mais ao fiel mensageiro de
Jeová, “porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo
do fim. [...] Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás, e estarás
na tua sorte, no fim dos dias”.
Daniel 12:4, 9, 13
.
Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, as profe-
cias registradas por Daniel demandam nossa especial atenção, visto
relacionarem-se com o próprio tempo em que estamos vivendo.
Com elas devem-se ligar os ensinos do último livro das Escrituras
do Novo Testamento. Satanás tem levado muitos a crer que as por-
ções proféticas dos escritos de Daniel e João o revelador não podem
ser compreendidas. Mas a promessa é clara de que bênção especial
acompanhará o estudo dessas profecias. “Os sábios entenderão” (
Da-
niel 12:10
), foi dito com respeito às visões de Daniel que deviam ser
abertas nos últimos dias; e da revelação que Cristo deu a Seu servo
João para guia do povo de Deus através dos séculos, a promessa é:
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta
profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas”.
Apocalipse
1:3
.
Do surgimento e queda das nações conforme expostos nos livros
de Daniel e Apocalipse, precisamos aprender quão sem valor é a
glória meramente terrena e externa. Babilônia, com todo o seu poder
e magnificência, como nosso mundo jamais contemplou igual —
poder e magnificência que ao povo daquele tempo pareciam estáveis
e permanentes — quão completamente passou. “Como a flor da
erva” (
Tiago 1:10
), pereceu. Assim pereceu o reino da Medo-Pérsia,
e os reinos da Grécia e de Roma. E assim perece tudo o que não
tem a Deus por fundamento. Apenas o que está vinculado ao Seu