Esdras, o sacerdote e escriba
395
nos humilharmos diante da face do nosso Deus, para Lhe pedirmos
caminho direito para nós, e para nossos filhos, e para toda a nossa
fazenda.” “Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e
moveu-Se pelas nossas orações”.
Esdras 8:21, 23
.
[315]
A bênção de Deus, entretanto, não tornava medidas de prudên-
cia e precaução desnecessárias. Como providência especial para
salvaguardar o tesouro, Esdras separou “doze dos maiorais dos sa-
cerdotes” — homens cuja fidelidade e lealdade tinham sido provadas
— e pesou-lhes “a prata, e o ouro, e os vasos, que era a oferta para a
casa do nosso Deus, a qual ofereceram o rei e os seus conselheiros, e
os seus príncipes”. Esses homens receberam o solene encargo de agir
como vigilantes mordomos do tesouro confiado aos seus cuidados.
“Consagrados sois do Senhor”, Esdras declarou, “e sagrados são
estes vasos, como também esta prata e este ouro, oferta voluntária,
oferecida ao Senhor Deus de vossos pais. Vigiai, pois, e guardai-os,
até que os peseis na presença dos maiorais dos sacerdotes e dos
levitas, e dos príncipes dos pais de Israel, em Jerusalém, nas câmaras
da casa de Deus”.
Esdras 8:24, 25, 28, 29
.
O cuidado exercido por Esdras nas providências para o trans-
porte e segurança do tesouro do Senhor, ensina uma lição digna
de meditado estudo. Unicamente aqueles cuja lealdade tinha sido
provada, foram escolhidos; e foram claramente instruídos com res-
peito à responsabilidade que sobre eles repousava. Na indicação de
fiéis oficiais para funcionar como tesoureiros dos bens do Senhor,
Esdras reconheceu a necessidade e o valor de ordem e organização
em relação com a obra de Deus.
Durante os poucos dias que os israelitas se detiveram junto ao rio,
completou-se toda a provisão para a longa jornada. “E partimos do
rio de Aava”, diz Esdras, “no dia doze do primeiro mês, para irmos
para Jerusalém; e a mão do nosso Deus estava sobre nós, e livrou-nos
da mão dos inimigos, e dos que nos armavam ciladas no caminho”.
Esdras 8:31
. Cerca de quatro meses foram gastos na viagem, dado
que a multidão que acompanhava Esdras, vários milhares ao todo,
incluindo-se mulheres e crianças, precisava andar devagar. Mas tudo
foi preservado com segurança. Seus inimigos foram impedidos de
fazer-lhes mal. Foi próspera a sua viagem; e no primeiro dia do
quinto mês, no sétimo ano de Artaxerxes, alcançaram Jerusalém.
[316]