O reino é rasgado
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Em Jerusalém “ajuntou toda a casa de Judá e a tribo de Ben-
jamim, cento e oitenta mil escolhidos, destros para a guerra, para
pelejar contra a casa de Israel, para restituir o reino a Roboão, filho
de Salomão. Porém veio a palavra de Deus a Semaías, homem de
Deus, dizendo: Fala a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a
Benjamim, e ao resto do povo, dizendo: Assim diz o Senhor: Não
subireis, nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel;
volte cada um para a sua casa, porque Eu é que fiz esta obra. E ouvi-
ram a palavra do Senhor, e voltaram segundo a palavra do Senhor”.
1 Reis 12:21-24
.
Por três anos, Roboão procurou tirar proveito da triste experiên-
cia do início de seu reinado; e prosperou nesta tentativa. “Edificou
cidades para fortalezas, em Judá, e fortificou fortalezas e pôs nelas
maiorais, e armazéns de víveres, e de azeite, e de vinho”. Ele teve o
cuidado de fortificar essas cidades “em grande maneira”.
2 Crônicas
11:5, 11, 12
. Mas o segredo da prosperidade de Judá durante os
primeiros anos do reinado de Roboão não se devia a estas medidas.
Foi seu reconhecimento de Deus como Supremo Dominador, que
pôs as tribos de Judá e Benjamim em plano de superioridade. Ao seu
número foram acrescidos muitos homens tementes a Deus das tribos
do Norte. “Também de todas as tribos de Israel, diz o relato, ‘os que
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deram o seu coração a buscarem ao Senhor Deus de Israel, vieram a
Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao Senhor Deus de seus pais.
Assim fortaleceram o reino de Judá e corroboraram a Roboão, filho
de Salomão, por três anos; porque três anos andaram no caminho de
Davi e Salomão’”.
2 Crônicas 11:16, 17
.
Na seqüência viria a oportunidade de Roboão redimir em grande
medida os erros do passado e restaurar a confiança em sua capaci-
dade de governar com discrição. Mas a pena da inspiração traçou o
triste registro do sucessor de Salomão como alguém que falhou em
exercer uma forte influência para lealdade a Jeová. Por natureza obs-
tinado, confiante em si, voluntarioso e inclinado à idolatria, tivesse
ele, não obstante, colocado sua confiança inteiramente em Deus e
teria desenvolvido fortaleza de caráter, firmeza de fé e submissão
aos requisitos divinos. Mas com o passar do tempo, o rei pôs sua
confiança no poder da posição e nas fortalezas que havia construído.
Pouco a pouco ele deu curso a herdadas fraquezas, até que pôs sua
inteira influência ao lado da idolatria. “Sucedeu pois que, havendo