Uma severa repreensão
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Cerca de um século tinha-se passado desde que, sob o governo
do rei Davi, Israel prazerosamente se unira em cânticos de louvor ao
Altíssimo, como reconhecimento de sua inteira dependência dEle
para bênçãos diárias. Atentai para suas palavras de adoração quando
cantaram:
“Ó Deus da nossa salvação; [...]
Tu fazes alegres as saídas da manhã e da tarde.
Tu visitas a Terra e a refrescas;
Tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus,
que está cheio de água; Tu lhe dás o trigo,
quando assim a tens preparada;
Tu enches de água os seus sulcos,
regulando a sua altura;
Tu a amoleces com a muita chuva;
Tu abençoas as suas novidades;
Tu coroas o ano da Tua bondade,
e as Tuas veredas destilam gordura;
destilam sobre os pastos do deserto,
e os outeiros cingem-se de alegria.
Os campos cobrem-se de rebanhos,
e os vales vestem-se de trigo;
por isso, eles se regozijam e cantam”.
Salmos 65:5, 8-13.
Israel havia então reconhecido a Deus como Aquele que “lançou
os fundamentos da Terra”. Como expressão de sua fé eles cantaram:
“Tu a cobres com o abismo, como com um vestido;
as águas estavam sobre os montes.
À Tua repreensão fugiram,
à voz do Teu trovão se apressaram.
Sobem aos montes, descem aos vales,
até ao lugar que para elas fundaste.
Limites lhes traçastes, que não ultrapassarão,
para que não tornem mais a cobrir a Terra”.
Salmos 104:5-9.