O representante de Cristo, 5 de Janeiro
Mas Eu vos digo a verdade: Convém-vos que Eu vá, porque, se Eu não for, o
Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-Lo enviarei.
João 16:7
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O Consolador é chamado “o Espírito da verdade”. Sua obra é definir e manter a
verdade. Ele primeiro habita no coração como o Espírito da verdade, tornando-Se
assim o Consolador. Há conforto e paz na verdade, mas nenhuma paz ou conforto
real se pode achar na falsidade. É por meio de falsas teorias e tradições que Satanás
adquire seu domínio sobre a mente. Ele deforma o caráter dirigindo os homens a
falsos padrões. O Espírito Santo fala à mente por meio das Escrituras e grava a
verdade no coração. Assim expõe o erro, expelindo-o da alma. É pelo Espírito da
verdade, atuando pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido.
Descrevendo para Seus discípulos a obra oficial do Espírito Santo, Jesus procu-
rou inspirá-los com a alegria e a esperança que Lhe animavam o próprio coração.
Regozijava-Se pelas abundantes medidas que providenciara para auxílio de Sua
igreja. O Espírito Santo era o mais elevado dos dons que Ele podia solicitar do Pai
para exaltação de Seu povo. O Espírito ia ser dado como agente de regeneração,
sem o qual o sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido. O poder do mal se
estivera fortalecendo por séculos, e espantosa era a submissão dos homens a esse
cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa
atuação da terceira pessoa da Divindade, a qual não viria com energia modificada,
mas na plenitude do divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado
pelo Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por
Ele, o crente torna-se participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como
um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o
mal, e para gravar Seu próprio caráter em Sua igreja. —
The Review and Herald,
19 de Novembro de 1908
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