Instrumentos para a salvação de almas, 9 de Junho
Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem
o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o
crescimento.
1 Coríntios 3:6, 7
.
Eis aqui as poderosas forças para mover o mundo. A cruz do Calvário coloca sob
tributo toda faculdade dos que crêem em Cristo, a fim de que sejam instrumentos
para a salvação de almas. O esforço humano tem de estar unido ao divino; sua
eficácia deve provir do Céu. Devemos ser cooperadores de Deus. O Senhor é
representado abrindo os corações de homens e mulheres para receberem a Palavra,
e o Espírito Santo torna a Palavra eficaz.
Os que aceitam a verdade têm a fé que conduz a ação decidida, que atua pelo
amor e purifica a alma. Assim a verdade é santificadora. Seu poder transformador é
evidenciado no caráter. Quando foi acolhida no santuário interior da alma, ela não
age superficialmente, deixando o coração no mesmo estado que antes; não aviva
meramente as emoções, em detrimento do raciocínio e da vontade; mas vai até às
profundezas da natureza, conduzindo todo o ser a ação harmoniosa.
Agora o serviço de quem está realmente convertido começa com determinação.
Ele deve trabalhar como Cristo trabalhou. Não deve mais viver para si mesmo, mas
inteiramente para o Senhor. O mundo o perdeu; pois sua vida está escondida com
Cristo em Deus. Isso quer dizer que o próprio eu não exerce mais a supremacia.
A luz que resplandece da cruz do Calvário envolve-o em seus brilhantes raios, e
o Espírito toma as coisas de Cristo e as revela para ele de modo tão atraente que
exerce um efeito transformador sobre seus hábitos e práticas, demonstrando que
ele é uma nova criatura em Cristo Jesus. Ele reconhece o valor de cada dólar, não
para satisfazer seu apetite ou paixão, não para escondê-lo na terra, mas para fazer
algum bem com ele, para ajudar a conquistar almas para a verdade, para edificar o
reino de Cristo. Seu prazer é o mesmo que o de Cristo — ver almas salvas. Por que
estamos fazendo tão pouco pela salvação das pessoas, quando há tanto a ser feito?
Por que estamos fazendo tão pouco para conduzir homens, mulheres e crianças a
Cristo? —
The Review and Herald, 6 de Outubro de 1891
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