Página 26 - E Recebereis Poder (1955)

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O Espírito intercede por nós, 19 de Janeiro
E Aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque
segundo a vontade de Deus é que Ele intercede pelos santos.
Romanos 8:27
.
Só temos um meio de acesso a Deus. Nossas orações só podem chegar até Ele
através de um nome — o do Senhor Jesus, nosso Advogado. Seu Espírito tem de
inspirar nossas petições. Nenhum fogo estranho devia ser usado nos incensários
que eram movidos perante Deus, no santuário. Assim, o Senhor mesmo tem de
acender em nosso coração o desejo ardente, para que nossas orações possam ser
aceitas por Ele. O Espírito Santo no íntimo precisa fazer intercessões por nós, com
gemidos inexprimíveis.
Profundo senso de nossa necessidade e grande desejo por aquilo que pedimos
devem caracterizar nossas orações, pois do contrário elas não serão ouvidas. Mas
não devemos ficar enfadados e deixar de fazer nossos pedidos porque a resposta
não é obtida imediatamente. “O reino dos Céus é tomado por esforço, e os que se
esforçam se apoderam dele.”
Mateus 11:12
. O esforço [ou a violência, nas versões
mais antigas] de que aqui se fala é um santo fervor, como o que foi manifestado por
Jacó. Não precisamos tentar agitar-nos, na procura de uma sensação intensa; mas
devemos, calma e persistentemente, elevar nossas petições ao trono da graça. Nossa
obra é humilhar a alma perante Deus, confessando os nossos pecados, e, com fé,
aproximar-nos de Deus. O Senhor atendeu a oração de Daniel, não para que ele
glorificasse a si mesmo, mas para que a bênção trouxesse glória a Deus. O desígnio
do Senhor é revelar-Se em Sua providência e em Sua graça. O objetivo de nossas
orações deve ser a glória de Deus, não nossa própria glorificação.
Quando vemos a nós mesmos como realmente somos: fracos, ignorantes e
desamparados, comparecemos diante de Deus como humildes suplicantes. É o
desconhecimento de Deus e de Cristo que torna as pessoas orgulhosas e virtuosas
aos seus próprios olhos. A infalível indicação de que um homem não conhece a
Deus reside no fato de achar que, por si mesmo, é grande ou bom. A altivez de
coração está sempre ligada ao desconhecimento de Deus. É a luz da parte de Deus
que manifesta nossa ignorância e miséria. Quando a glória divina foi revelada a
Daniel, ele exclamou: “O meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive
força alguma.”
Daniel 10:8
.
No momento em que vê a Deus como Ele é, o humilde investigador terá o
mesmo conceito de si mesmo que Daniel teve. Não haverá nenhuma exaltação da
alma para o lado da vaidade, mas profundo senso da santidade de Deus e da justiça
de Seus preceitos. —
The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1897
.
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