Página 28 - E Recebereis Poder (1955)

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O Espírito atua entre nós, 21 de Janeiro
Nisto conhecemos que permanecemos nEle, e Ele, em nós: em que nos deu do
Seu Espírito.
1 João 4:13
.
Embora não possamos ver o Espírito de Deus, sabemos que homens que estive-
ram mortos em delitos e pecados se convencem e se convertem sob as Suas atuações.
Os irrefletidos e extraviados tornam-se sérios. Os empedernidos arrependem-se
de seus pecados, e os incrédulos crêem. Os jogadores, os ébrios e os licenciosos
tornam-se ajuizados, sóbrios e puros. Os rebeldes e obstinados tornam-se mansos
e semelhantes a Cristo. Quando vemos essas transformações no caráter, podemos
estar certos de que o poder convertedor de Deus transformou a pessoa inteira.
Não vimos o Espírito Santo, mas vimos a evidência de Sua operação no caráter
transformado dos que eram pecadores endurecidos e impenitentes. Como o vento
agita com sua força as árvores altaneiras e as derruba, assim o Espírito Santo opera
em corações humanos, e nenhum homem finito pode restringir a obra de Deus.
O Espírito de Deus Se manifesta de maneiras diferentes em pessoas diferentes.
Sob a influência deste poder, alguém poderá tremer diante da Palavra de Deus. Suas
convicções serão tão profundas que um turbilhão e tumulto de sentimentos parece
agitar-lhe o coração, e todo o seu ser se prostra sob o convincente poder da verdade.
Quando o Senhor fala de perdão à pessoa arrependida, ela está cheia de ardor,
cheia de amor a Deus, cheia de fervor e energia, e o Espírito vivificante que ela
recebeu não pode ser impedido. Cristo é nela uma fonte a jorrar para a vida eterna.
Seus sentimentos de amor são tão profundos e ardentes como eram sua aflição e
angústia. Sua alma é como uma fonte das profundezas da Terra, que se abre, e
ela emite suas ações de graça e louvor, sua gratidão e alegria, até que as harpas
celestes também emitam notas de regozijo. Tem uma história para contar, mas
não de maneira precisa, comum e metódica. É uma alma resgatada pelos méritos
de Jesus Cristo, e todo o seu ser se empolga com o reconhecimento da salvação
efetuada por Deus. —
The Review and Herald, 5 de Maio de 1896
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