Entregando a vontade, 16 de Outubro
Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a
Sua boa vontade.
Filipenses 2:13
.
Cristo prometeu o dom do Espírito Santo a Sua igreja, e a promessa pertence a
nós, da mesma maneira que aos primeiros discípulos. Mas, como todas as outras
promessas, é dada sob condições. Muitos há que crêem e professam reclamar a
promessa do Senhor; falam acerca de Cristo e acerca do Espírito Santo; contudo,
não recebem benefício. Não entregam a alma para ser guiada e regida pelas forças
divinas. Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós.
Mediante o Espírito, Deus opera em Seu povo “tanto o querer como o realizar,
segundo a Sua boa vontade”.
Filipenses 2:13
. Muitos, porém, não se submeterão a
isto. Querem dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o celeste dom.
Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à Sua
guia e graça, é concedido o Espírito. O poder de Deus aguarda que O peçam e O
recebam. Essa prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras
bênçãos. É concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está pronto a
suprir toda alma segundo sua capacidade para receber.
Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os
pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a
humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui
a tristeza, e o semblante reflete a alegria do Céu. Ninguém vê a mão que suspende
o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a
alma se entrega a Deus. Então aquele poder que olho algum pode discernir, cria um
novo ser à imagem de Deus.
O Espírito Santo é o sopro da vida espiritual na alma. A comunicação do
Espírito é a transmissão da vida de Cristo. [O Espírito] reveste o que O recebe com
os atributos de Cristo. —
The Review and Herald, 19 de Novembro de 1908
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