Página 57 - E Recebereis Poder (1955)

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Um caráter semelhante ao de Cristo, 18 de Fevereiro
Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em
Deus.
Colossences 3:3
.
Jesus é o modelo perfeito. Em vez de procurar agradar-nos a nós mesmos e
seguir nossa própria vontade, procuremos refletir a Sua imagem. Ele era bondoso e
cortês, compassivo e terno. Somos semelhantes a Ele nestes aspectos? Procuramos
tornar nossa vida perfumada com boas obras? O que necessitamos é a simplicidade
de Cristo. Receio que, em muitos casos, um espírito cruel e insensível, que é in-
teiramente contrário ao do Modelo divino, tenha tomado posse do coração. Este
princípio impassível, que tem sido acalentado por tantos e que até tem sido consi-
derado uma virtude, tem de ser completamente removido, para que nos amemos
uns aos outros assim como Cristo nos amou.
Não basta que meramente professemos a fé; requer-se algo mais que assenti-
mento nominal. Tem de haver verdadeiro conhecimento, uma experiência genuína
nos princípios da verdade como é em Jesus. O Espírito Santo tem de atuar interior-
mente, introduzindo esses princípios à forte luz de uma consciência esclarecida,
para que conheçamos seu poder e os tornemos uma viva realidade. A mente deve
prestar obediência à régia lei da liberdade, a lei que o Espírito de Deus grava no
coração e torna clara para o entendimento. A expulsão do pecado tem de ser o
ato da própria alma, pondo em exercício suas faculdades mais nobres. A única
liberdade que a vontade finita pode desfrutar consiste em estar em harmonia com
a vontade de Deus, cumprindo as condições que tornam o homem participante da
natureza divina, livrando-se da corrupção das paixões que há no mundo. ...
O caráter humano é depravado, deformado pelo pecado e muito diferente do
caráter do primeiro homem, quando acabou de ser formado pelas mãos do Criador.
Jesus quer tirar a deformidade e o pecado das pessoas, e dar-lhes, em troca, a
beleza e a excelência de Seu próprio caráter. Ele Se empenha em renovar a alma
pela verdade. O erro não pode realizar essa obra de regeneração; precisamos ter,
portanto, boa visão espiritual para discernir entre a verdade e a falsidade, e para não
cair na cilada do inimigo. —
The Review and Herald, 24 de Novembro de 1885
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