Página 60 - E Recebereis Poder (1955)

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Contemplando-o, 21 de Fevereiro
Olhai para Mim e sede salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu sou
Deus, e não há outro.
Isaías 45:22
.
Para satisfazer os reclamos da lei, nossa fé tem de apoderar-se da justiça de
Cristo, aceitando-a como nossa justiça. Mediante a união com Cristo, mediante a
aceitação de Sua justiça pela fé, podemos ser habilitados para fazer as obras de
Deus e ser cooperadores de Cristo. Se estais dispostos a flutuar ao sabor da corrente
do mal, e não cooperardes com os seres celestes em restringir a transgressão em
vossa família, e na igreja, a fim de que seja introduzida a justiça eterna, não tendes
fé.
A fé atua pelo amor e purifica a alma. Pela fé, o Espírito Santo opera no coração
para ali criar a santidade; isto, porém, não pode ser feito a menos que o agente
humano coopere com Cristo. Só podemos ser habilitados para o Céu mediante a
operação do Espírito Santo no coração; pois temos de ter a justiça de Cristo como
credenciais nossas, se quisermos ter acesso ao Pai. Para que tenhamos a justiça de
Cristo, precisamos diariamente ser transformados pela influência do Espírito, a fim
de sermos participantes da natureza divina. É obra do Espírito Santo enobrecer os
gostos, santificar o coração, enobrecer o homem todo.
Que a alma olhe para Jesus. “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo.”
João 1:29
. Ninguém será forçado a olhar a Cristo; mas a voz do convite
soa, em súplica anelante: “Olhai e vivei.” Olhando a Cristo, veremos que Seu amor
é sem paralelo, que Ele tomou o lugar do pecador culpado, e lhe imputou Sua justiça
imaculada.
Quando o pecador vê o Salvador morrendo sobre a cruz, sob a maldição do
pecado, em seu lugar, contemplando Seu amor perdoador, desperta-se-lhe no cora-
ção o amor. O pecador ama a Cristo, porque Cristo o amou primeiro, e o amor é o
cumprimento da lei. A alma arrependida reconhece que Deus “é fiel e justo, para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”.
1 João 1:9
. O Espírito de
Deus opera na alma do crente, habilitando-o a avançar de um aspecto de obediência
para outro, alcançando então cada vez mais força e mais graça, em Jesus Cristo. —
The Review and Herald, 1 de Novembro de 1892
.
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