Capítulo 36 — Apelo a pastores
Mãos limpas e corações puros
— Aproximamo-nos do juízo,
e aqueles que apresentam a mensagem de advertência ao mundo
devem ter mãos limpas e coração puro. Devem manter viva comu-
nhão com Deus. Os pensamentos devem ser puros e santos, a alma
sem mácula, devem o corpo, a alma e o espírito ser uma oferta pura
e limpa a Deus, ou Ele não a aceitará. ... Os jovens, por ofensas
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de natureza relativamente leves, são tratados com muita severidade.
Mas quando homens e mulheres de ampla experiência, que têm sido
considerados modelos de piedade, se revelam em seu verdadeiro
caráter — não santificados, sem santidade, de pensamentos impu-
ros, de conduta degradante — então é tempo de tais pessoas serem
tratadas de maneira decisiva. A maior tolerância que para com eles
é exercida, só tem tido, tanto quanto eu tenha conhecimento, a in-
fluência de fazer com que considerem sua fornicação e adultério
como coisa muito leve, e toda a sua pretensão tem-se demonstrado
semelhante ao orvalho da manhã quando sobre ele brilha o sol.
Falsos pastores do rebanho
— Tão logo são colocados sob a
tentação, já revelam seus defeitos morais — que não são “partici-
pantes da natureza divina”, e nem escaparam “da corrupção, que,
pela concupiscência, há no mundo” (
2 Pedro 1:4
), mas são munda-
nos, sensuais, diabólicos. Neles encontra Satanás algo que ele pode
transformar em acentuada iniqüidade, e aproveita a oportunidade.
O resultado é que os que pretendem ser pastores do rebanho têm
mente carnal, conduzindo à licenciosidade e lascívia as ovelhas que
estão sob seu cuidado, cuja pureza, modéstia e virtude eles deviam
guardar estritamente.
Coisa maldita no acampamento
— Os anjos do Céu contem-
plam isso com vergonha, tristeza e aversão. Como podem os anjos
puros do Céu ministrar a essa classe? Como podem eles levar luz
do Céu às assembléias em que tais pastores estão defendendo a
lei de Deus, mas quebrando essa lei sempre que se apresente uma
oportunidade favorável, vivendo uma mentira, seguindo uma atitude
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