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Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio
Depois de reconhecer que “não existe forma de descartar a hi-
pótese masturbatória”, Hare oferece sua conclusão final: “Tudo que
podemos dizer, a partir das evidências, é que a associação entre mas-
turbação e distúrbio mental é fraca e inconstante, e que, portanto,
se a masturbação é um fator causal, provavelmente não é dos mais
importantes.” —
Ibidem
, p. 19.
Assim, embora essa autoridade minimize a possibilidade de que
a masturbação e a insanidade possam estar associadas, ele não a
descarta completamente. Mais significativo é que ele descobriu
ter existido apenas uma tentativa real para testar cientificamente a
hipótese.
Escrevendo sobre masturbação em seu
Adolescent Develop-
ment and Adjustment
[Desenvolvimento e Ajuste do Adolescente]
(McGraw-Hill Book Company, 1965), Lester C. e Alice Crow con-
cluem: “Os efeitos desta forma de perversão sexual ainda não são
plenamente conhecidos.”
O Dr. David Horrobin, médico e doutor em filosofia pela Uni-
versidade de Oxford, declara:
“A quantidade de zinco no sêmen é de tal ordem, que uma eja-
culação pode eliminar todo o zinco que pode ser absorvido dos
intestinos ao longo de um dia. Isso apresenta inúmeras conseqüên-
cias. A menos que o montante perdido seja reposto por ingestão
dietética aumentada, repetidas ejaculações podem levar a uma verda-
deira deficiência de zinco, desenvolvendo-se daí vários problemas,
inclusive impotência.
“É até mesmo possível, dada a importância do zinco para o cé-
rebro, que os moralistas do século 19 estivessem corretos quando
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diziam que as repetidas masturbações poderiam conduzir à insani-
dade!” —
Zinc
(Vitabooks: St. Albans, Vermont, 1981), p. 8.
Essa declaração é similar àquela feita por Carl C. Pfeiffer, médico
e doutor em filosofia, em seu livro sobre zinco. Ele declara: “Odia-
mos dizê-lo, mas num adolescente deficiente em zinco, a excitação
sexual e a excessiva masturbação podem precipitar a insanidade.” —
Zinc and Other Micro-Nutrients
(Keats: New Canaan, Conn., 1978),
p. 45.
Nem todas as autoridades médicas concordariam com estas con-
clusões, mas é significativo que existem algumas cujos estudos e