Casamento de pessoas viúvas
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Conselho a J. N. Andrews
— Aconselhei-o a casar-se antes
que retornasse à Europa a última vez, por estas razões: Primeira,
você necessitava de uma esposa para cuidar de você; não deveria
ter levado sua família de volta à Europa sem uma boa companheira
para ser a mãe de seus filhos, evitando assim que estes fossem em
todas as coisas moldados segundo a sua mente e suas idéias. Sua
mente não é harmoniosamente equilibrada. Você necessita de outro
elemento em seus trabalhos, que você não possui e não compreende
ser algo essencial. ...
Suas idéias no tocante a conservar-se viúvo têm sido errôneas,
mas nada mais direi a este respeito. A influência de uma nobre mu-
lher cristã, adequadamente capacitada, serviria para contrabalançar
as tendências de sua mente. Sua alta capacidade de concentração,
a intensa luz sob a qual você percebe todas as coisas de caráter
religioso vinculadas com a causa e obra de Deus, causou-lhe de-
pressão mental, um peso de ansiedade que o tem enfraquecido física
e mentalmente. Se você estivesse ligado a uma pessoa com senti-
mentos opostos, capaz de fazer os seus pensamentos se afastarem de
assuntos sombrios, que não houvesse sujeitado a própria individu-
alidade feminina, mas preservado a identidade pessoal e exercido
uma influência modeladora sobre a sua mente, hoje você teria força
e capacidade físicas para resistir à doença. —
Carta 9, 1883
.
Você se recorda de que lhe escrevi do Texas, aconselhando-o a
conseguir uma esposa antes de retornar à Europa. Imagina você que
eu lhe teria dado tal conselho se não possuísse luz sobre o assunto?
Esteja certo de que um tal conselho não lhe teria sido dado sem
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boas razões. Foi-me mostrado que você segue as próprias idéias e
discernimento com extrema firmeza. Se estivesse mais disposto a
deixar-se aconselhar pelas pessoas nas quais deveria confiar, e con-
fiasse menos nos próprios sentimentos e impressões, os resultados
para você mesmo e para a causa de Deus seriam muito melhores.
Foi-me mostrado que você cometeu um equívoco ao partir para
a Europa sem uma companheira. Se, antes de viajar, você houvesse
escolhido uma mulher cristã, capaz de ser a mãe de seus filhos,
haveria tomado uma decisão sábia, e sua utilidade seria agora dez
vezes mais ampla do que tem sido. —
Carta 1, 1883
.