Página 158 - Temperan

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Capítulo 4 — O exemplo de Daniel
Não podemos ter compreensão correta do tema da temperança
enquanto não o considerarmos do ponto de vista bíblico. E em parte
alguma acharemos mais compreensiva e eloqüente ilustração da
genuína temperança e suas bênçãos conseqüentes do que a que nos
é oferecida pela história do profeta Daniel e seus companheiros na
corte de Babilônia. —
The Signs of the Times, 6 de Dezembro de
1910
.
Quando o povo de Israel, seu rei, nobres e sacerdotes foram
levados em cativeiro, quatro dentre eles foram selecionados para
servir na corte do rei de Babilônia. Um destes era Daniel, que, muito
cedo, deu mostras da grande habilidade desenvolvida nos anos sub-
seqüentes. Estes moços eram todos de nascimento principesco e são
descritos como jovens em quem não havia “defeito algum, formosos
de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e
entendidos no conhecimento” e tinham “habilidade para viverem
no palácio do rei”. Percebendo os preciosos talentos destes jovens
cativos, o rei Nabucodonosor determinou prepará-los para ocuparem
importantes posições em seu reino. A fim de que pudessem tornar-se
perfeitamente qualificados para sua vida na corte, de acordo com
o costume oriental, deviam eles aprender a língua dos caldeus e
submeter-se, durante três anos, a um curso completo de disciplina
física e intelectual.
Os jovens nessa escola de preparo não eram unicamente admiti-
dos ao palácio real, mas também se tomavam providências para que
comessem da carne e bebessem do vinho que vinha da mesa do rei.
Em tudo isto o rei considerava que não estava somente dispensando
grande honra a eles, mas assegurando-lhes o melhor desenvolvi-
mento físico e mental que poderia ser atingido.
Enfrentando a prova
— Entre os manjares colocados diante
do rei havia carne de porco e de outros animais que haviam sido
declarados imundos pela lei de Moisés e que os hebreus tinham
sido expressamente proibidos de comer. Aqui Daniel foi provado
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