Página 263 - Temperan

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Capítulo 6 — O poder do voto
Nossas responsabilidades como cidadãos
—Ao passo que não
nos devemos de maneira alguma envolver em questões políticas, é
contudo nosso privilégio tomar decididamente posição em todas as
questões relativas à reforma de saúde. Tenho dado a esse respeito
muitas vezes, um claro testemunho. Em um artigo publicado na
The
Review and Herald, de 8 de Novembro de 1881
, escrevi: ...
“Há uma causa para a paralisia moral que há na sociedade. Nos-
sas leis mantêm um mal que está minando seus próprios fundamen-
tos. Muitos deploram os erros que sabem existir, mas consideram-se
isentos de qualquer responsabilidade na questão. Não pode ser assim.
Todo indivíduo exerce uma influência na sociedade.
Todo votante tem voz
— “Em nossa terra favorecida, todo vo-
tante tem alguma voz no determinar que leis hão de reger a nação.
Não devem essa influência e esse voto ser lançados ao lado da tem-
perança e da virtude?...
“Podemos chamar os amigos da causa da temperança a unirem-se
para o conflito e buscar repelir a onda do mal que está desmora-
lizando o mundo; de que proveito, porém, serão todos os nossos
esforços enquanto a venda de bebidas alcoólicas for mantida por
lei? Deve a maldição da intemperança repousar para sempre sobre
nossa terra como uma praga? Deve ela cada ano assolar, qual fogo
devorador, milhares de lares felizes?
Pela voz, pela pena e pelo voto
— “Falamos dos resultados,
trememos pelos resultados, e cogitamos que podemos fazer com
os terríveis resultados, ao passo que, com freqüência, toleramos e
mesmo sancionamos a causa. Os defensores da temperança deixam
de cumprir seu inteiro dever a menos que exerçam sua influência
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por preceito e exemplo — pela voz e pela pena e pelo voto — em
favor da proibição e da abstinência total. Não necessitamos esperar
que Deus opere um milagre para efetuar essa reforma, removendo
assim a necessidade de esforçar-nos. Cumpre-nos agarrar-nos com
esse gigante inimigo, tendo como divisa: Nenhuma transigência e
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