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Capítulo 6 — O álcool e os homens em posições de
responsabilidade
Lições do caso de Nadabe e Abiú
— Nadabe e Abiú, os filhos
de Arão, os quais ministravam no santo ofício do sacerdócio, usaram
abundantemente vinho e, como era seu costume, foram oficiar pe-
rante o Senhor. Requeria-se dos sacerdotes que queimavam incenso
perante o Senhor usarem o fogo ateado por Deus, o qual ardia dia e
noite, e nunca se extinguia. Deus dera explícitas direções quanto à
maneira por que cada parte do Seu serviço devia ser efetuada, para
que tudo que se relacionasse com Seu sagrado culto estivesse em
harmonia com Seu caráter santo. E qualquer desvio das expressas
direções de Deus em ligação com Seu santo serviço era punível com
a morte. Nenhum sacrifício era aceitável a Deus se não fosse salgado
nem temperado com fogo divino, que representava a comunicação
entre Deus e o homem que era aberta unicamente por meio de Jesus
Cristo. O fogo santo que devia ser posto sobre o incensário, era
conservado sempre a arder. E enquanto o povo de Deus estava do
lado de fora, orando fervorosamente, o incenso ateado pelo fogo
sagrado devia subir perante Deus de mistura com suas orações. Esse
incenso era um símbolo da mediação de Cristo.
Os filhos de Arão tomaram do fogo comum que Deus não acei-
tava, e insultaram o infinito Deus apresentando este fogo estranho
diante dEle. Deus os consumiu por fogo por causa de sua positiva
desconsideração às expressas direções que Ele havia dado. Todas as
suas obras eram como a oferta de Caim. Nelas não estava represen-
tado o Salvador. Houvessem esses filhos de Arão estado no pleno
domínio de suas faculdades de raciocínio, e haveriam discernido a
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diferença entre o fogo comum e o sagrado. A satisfação do apetite
depreciou-lhes as faculdades, e embotou-lhes o intelecto de maneira
que sua capacidade de discernimento desapareceu. Eles compreen-
diam plenamente o caráter sagrado do serviço típico, e a tremenda
solenidade e responsabilidade assumida de se apresentarem perante
Deus para ministrar em serviço sagrado.
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