Página 94 - Temperan

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Capítulo 1 — Importância de estritos hábitos de
temperança
Exemplos do velho e do novo testamentos
— Quando o Se-
nhor queria suscitar Sansão como libertador de Seu povo, recomen-
dou à sua mãe corretos hábitos de vida antes do nascimento de seu
filho. E a mesma proibição devia ser imposta, desde o princípio, à
própria criança; pois ele devia ser consagrado a Deus como nazireu
desde o nascimento.
O anjo do Senhor apareceu à mulher de Manoá, e informou-a
de que ela teria um filho; e em vista disto Ele lhe deu importantes
direções: “Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida
forte, ou comas coisa imunda.”
Juízes 13:4, 14
.
Deus tinha uma obra importante para o prometido filho de Ma-
noá, e era para assegurar-lhe as habilitações necessárias para essa
obra, que os hábitos, tanto da mãe como do filho deviam ser tão cui-
dadosamente regulados. “Nem vinho nem bebida forte beberá”, foi
a instrução do anjo quanto à mulher de Manoá, “nem coisa imunda
comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará.” A criança será
afetada para bem ou para mal pelos hábitos da mãe. Ela própria pre-
cisa ser controlada por princípios, e exercer temperança e abnegação,
se quer o bem-estar de seu filho.
No Novo Testamento encontramos exemplo não menos impres-
sivo da importância dos hábitos temperantes.
João Batista foi um reformador. Foi-lhe confiada uma grande
obra em favor do povo de seu tempo. E em preparo para essa obra,
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todos os seus hábitos foram cuidadosamente regulados, já desde o
seu nascimento. O anjo Gabriel foi enviado do Céu para instruir
os pais de João nos princípios da reforma pró-saúde. “Não beberá
vinho, nem bebida forte”, disse o mensageiro celeste; “e será cheio
do Espírito Santo.”
Lucas 1:15
.
João separou-se de seus amigos, e dos luxos da vida, habitando só
no deserto, e vivendo de um regime exclusivamente vegetariano. A
simplicidade de seu vestuário — uma roupa tecida de pêlo de camelo
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