Página 56 - Vida de Jesus (2008)

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O príncipe da paz
Jesus se aproximava de Jerusalém para assistir às festividades da
Páscoa. Uma grande multidão que também se dirigia para participar
desse importante evento O cercava.
Ao Seu comando, dois discípulos trouxeram um jumentinho,
para que, montado nele, pudesse entrar em Jerusalém. Ajeitaram
Suas vestes sobre o dorso do animal e ajudaram o Mestre a montá-lo.
Tão logo montou, um grande grito de triunfo encheu os ares. A
multidão O aclamava Rei e Messias. Mais de quinhentos anos antes,
o profeta descrevera esta cena:
“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis
aí te vem o teu Rei, justo e Salvador, humilde, montado em jumento,
num jumentinho, cria de jumenta.”
Zacarias 9:9
.
Todos, naquela multidão sempre crescente, sentiam-se felizes
e entusiasmados. O povo não podia Lhe oferecer presentes caros,
mas lançavam suas túnicas como tapete pelo caminho por onde Ele
passava.
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Também colheram lindos ramos de oliveira e palmeira para
adornar a passagem. Julgavam que escoltavam Aquele que haveria
de tomar posse do trono de Davi em Jerusalém.
O Salvador jamais permitira que Seus seguidores Lhe prestassem
homenagens reais; mas, naquela ocasião, desejava manifestar-Se ao
mundo de modo especial como seu Redentor.
O Filho de Deus estava prestes a tornar-Se um sacrifício pelos
pecados do homem. Sua igreja, em todos os tempos, deveria tornar
o tema de Sua morte um assunto de profundo estudo e reflexão. Era,
portanto, necessário que a atenção de todos fosse dirigida a Ele.
Após uma cena como essa, Sua crucifixão e morte jamais pode-
riam se ocultar do mundo. Era desígnio de Deus que cada evento
dos últimos dias da vida do Salvador fosse marcado de modo tão
acentuado que nenhum poder pudesse apagar sua memória.
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