Traição e prisão de Jesus
Nenhum traço de Seus recentes sofrimentos podia ser notado
quando o Salvador Se adiantou para encontrar Seu traidor. Colo-
cando-Se adiante dos discípulos, perguntou à turba:
“A quem buscais?
Responderam-Lhe:
A Jesus, o Nazareno.
Então, Jesus lhes disse:
Sou Eu.”
João 18:4, 5.
Ao dizer essas palavras, o anjo que O confortara, colocou-se
entre Ele e a multidão. Uma luz divina iluminou Seu rosto e uma
forma de pomba pairava sobre Ele. A turba assassina não pôde
suportar por um momento sequer a luz da presença divina. Recuaram
cambaleantes, e sacerdotes, anciãos e soldados caíram por terra, sem
sentidos.
[86]
O anjo se retirou e a luz se apagou. Jesus poderia ter escapado,
mas permaneceu ali, calmo e com perfeito domínio de Si mesmo
enquanto os discípulos estavam assustados demais para dizer uma
só palavra.
Os soldados logo se recobraram, levantando-se, e junto com os
sacerdotes e Judas rodearam Jesus. Pareciam envergonhados de sua
fraqueza e temerosos de que Ele pudesse fugir. O Salvador lhes
pergunta de novo:
“A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então,
lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou Eu; se é a Mim, pois, que
buscais, deixai ir estes.”
João 18:7, 8
.
Nessa hora de provação, os pensamentos de Cristo se voltaram
para os Seus amados discípulos. Não queria que sofressem, ainda
que tivesse de ser preso e morto.
69