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Capítulo 25 — Estimulantes e narcóticos
Sob a denominação de estimulantes e narcóticos se acha classifi-
cada grande variedade de artigos que, embora usados como comida
ou bebida, irritam o estômago, envenenam o sangue e excitam os
nervos. Seu uso é um verdadeiro mal. Muitos procuram a excitação
dos estimulantes porque, no momento, são aprazíveis os resultados.
Há sempre, porém, uma reação. O uso de estimulantes não natu-
rais tende sempre ao excesso, sendo agente ativo em promover a
degeneração e a ruína.
Condimentos
— Nesta época de pressa, quanto menos estimu-
lante for a comida, melhor. Os condimentos são prejudiciais em sua
natureza. A mostarda, a pimenta, as especiarias, os picles e coisas
semelhantes irritam o estômago e tornam o sangue febril e impuro. O
estado de inflamação do estômago do bêbado é muitas vezes pintado
para ilustrar os efeitos das bebidas alcoólicas. Condição semelhante
de inflamação é produzida pelo uso de condimentos irritantes. Den-
tro em pouco, a comida comum não satisfaz o apetite. O organismo
sente necessidade de alguma coisa mais estimulante.
Chá e café
— O chá atua como estimulante, e, até certo grau,
produz intoxicação. A ação do café, e de muitas outras bebidas po-
pulares, é idêntica. O primeiro efeito é estimulante. São agitados os
nervos do estômago, que comunicam irritação ao cérebro, o qual,
por sua vez, desperta para transmitir aumento de atividade ao cora-
ção, e uma fugaz energia a todo o organismo. Esquece-se a fadiga;
parece aumentar a força. Estimula o intelecto, torna-se mais viva a
imaginação.
Em virtude desses resultados, muitos julgam que seu chá ou café
lhes faz grande benefício. Mas é um engano. Chá e café não nutrem
o organismo. Seu efeito produz-se antes de haver tempo para ser
digerido ou assimilado, e o que parece força não passa de excitação
nervosa. Uma vez dissipada a influência do estimulante, abate-se
a força não natural, sendo o resultado um grau correspondente de
abatimento e fraqueza.
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