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Capítulo 22 — Temperança e dietética
“E todo aquele que luta de tudo se abstém.”
Todo estudante precisa compreender a relação entre a maneira
simples de viver e a norma elevada no pensar. Depende de nós
individualmente decidir se nossa vida será dirigida pelo espírito
ou pelo corpo. Deve o jovem, por si mesmo, fazer a escolha que
moldará a sua vida; e não se deve poupar esforços para levá-los a
compreender as forças com que têm de tratar, e as influências que
moldam o caráter e o destino.
A intemperança é um inimigo contra o qual todos necessitam
estar de sobreaviso. O rápido aumento deste terrível mal deve incitar
a uma luta contra ele todo que ama seu semelhante. O costume
de se ministrarem instruções sobre temperança nas escolas, é um
movimento feito na direção exata. Devem ministrar-se instruções
neste sentido em toda escola e em todo lar. Os jovens e as crianças
devem compreender o efeito do álcool, do fumo, e outros venenos
semelhantes, em alquebrar o corpo, obscurecer a mente e tornar
sensual a alma. Deve-se explicar que qualquer que use estas coisas
não pode por muito tempo possuir toda a força de suas faculdades
físicas, mentais e morais.
Mas, a fim de atingirmos a raiz da intemperança, devemos ir mais
fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um
objetivo ou as más companhias, podem ser a causa predisponente.
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Muitas vezes ela se encontra à mesa de jantar, nas famílias que
se têm na conta de estritamente temperantes. Qualquer coisa que
perturbe a digestão, que ocasione uma indevida excitação mental, ou
de qualquer maneira enfraqueça o organismo, alterando o equilíbrio
das faculdades mentais e físicas, debilita o domínio do espírito sobre
o corpo, e assim propende para a intemperança. A queda de muito
jovem promissor pode ser atribuída a apetites extravagantes criados
por um regime inadequado.
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