Página 140 - Testemunhos Seletos 2 (2008)

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Testemunhos Seletos 2
doente, antes agravará o mal; mas se está firmemente apoiado em
Deus, será capaz de ajudar a mente enferma, perturbada. Será capaz
de encaminhar seus pacientes a Cristo, e ensiná-los a levarem todos
os seus cuidados e perplexidades ao grande Portador de fardos.
Há uma ligação divinamente indicada entre o pecado e a doença.
Médico algum pode clinicar por um mês sem isto lhe ser exemplifi-
cado. Talvez ele ignore o fato; sua mente poderá estar tão ocupada
com outros assuntos, que a atenção não lhe seja chamada para isto;
mas, se for observador e sincero, não poderá deixar de reconhecer
que o pecado e a doença mantêm entre si a relação de causa e efeito.
O médico deve ser pronto a ver isto, e a agir em harmonia. Havendo
ele granjeado a confiança dos doentes aliviando-lhes os sofrimentos
e trazendo-os da beira do túmulo, pode ensinar-lhes que a doença é o
resultado do pecado; e que é o inimigo caído que os procura seduzir
às práticas destruidoras da saúde e da alma. Pode impressionar-lhes
o espírito com a necessidade de negarem-se a si mesmos, e obedece-
rem às leis da vida e da saúde. Na mente dos jovens, especialmente,
pode ele incutir os retos princípios.
Deus ama Suas criaturas com um amor que é a um tempo terno
e forte. Estabeleceu as leis da Natureza; estas, porém, não são exi-
gências arbitrárias. Todo “Não”, seja no que concerne à lei física
como no que respeita à lei moral, implica uma promessa. Caso ela
seja obedecida, nossos passos serão seguidos de bênçãos; se desobe-
decida, o resultado será perigo e infelicidade. As leis de Deus visam
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levar Seu povo mais perto dEle. Ele os salvará do mal e os levará ao
bem, se quiserem ser conduzidos; forçá-los, porém, Ele jamais fará.
Não nos é possível discernir os planos de Deus; cumpre-nos, porém,
confiar nEle, e mostrar nossa fé por nossas obras....
A tensão da prática da medicina
O médico é quase diariamente posto em face da morte. Caminha,
por assim dizer, à beira da sepultura. Em muitos casos, a familia-
rização com cenas de sofrimento e morte produz despreocupação
e indiferença para com a miséria humana, e negligência no trata-
mento do enfermo. Tais médicos não são capazes de simpatizar
ternamente. São ásperos e bruscos, e os doentes sentem pavor ao
vê-los aproximarem-se. Esses homens, por maiores que sejam seus