Página 233 - Testemunhos Seletos 2 (2008)

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Amor para com os que erram
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especial de sua tentação, é que maior cuidado merece da parte de
Cristo, tornando-se o objeto de Sua mais terna simpatia e diligente
trabalho. A alegria pelo pecador que se arrepende é maior do que a
que reina por noventa e nove que não necessitam de arrependimento.
Estas lições são para proveito nosso. Jesus deu aos discípulos
a comissão de cooperarem com Ele em Sua obra e de amarem-se
uns aos outros como Ele os amou. A agonia que padeceu na cruz
atesta o valor que atribui à alma humana. Todos os que aceitarem
esta grande salvação, assumem o compromisso de cooperar com Ele.
Ninguém se poderá considerar especialmente favorecido pelo Céu,
concentrando seu interesse e atenção em si mesmo. Todos os que
se dedicam ao serviço de Cristo devem trabalhar como Ele o fez e
amar aos que vivem em ignorância e pecado, justamente como Ele
os amou.
Compassivo esforço pelos que erram
Todavia, entre nós se tem feito notar uma falta de simpatia e
amor, profundo e sincero, em prol dos que são assediados por ten-
tações ou que vivem no erro. Muitos têm revelado aquela frieza
glacial e negligência pecaminosa que Cristo figurou no indivíduo
que passa de largo, guardando a maior distância possível dos que
mais necessitam de sua ajuda. A alma recém-convertida, sustenta
muitas vezes lutas tremendas com hábitos arraigados ou tentações
especiais e, se sucede ser vencida por uma paixão ou uma de suas
inclinações mais fortes, incorre naturalmente na culpa de imprudên-
cia ou real injustiça. Nessas circunstâncias é preciso que os irmãos
desenvolvam energia, tato e sabedoria, a fim de ser-lhe restituída a
saúde espiritual. É a esses casos que se aplica a admoestação divina:
“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa,
vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão;
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olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.”
Gálatas
6:1
. “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos
fracos, e não agradar a nós mesmos.”
Romanos 15:1
. Quão pouco,
porém, os discípulos professos revelam desse amor compassivo de
Cristo! Quando alguém comete uma falta, outros não raro tomam a
liberdade de agravar tanto quanto possível o caso. Indivíduos que
provavelmente cometem faltas da mesma gravidade, embora de na-