Página 234 - Testemunhos Seletos 2 (2008)

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Testemunhos Seletos 2
tureza diversa, ousam tratar seu irmão com cruel severidade. Faltas
que foram cometidas por ignorância, inadvertência ou fraqueza, são
transformadas em pecados propositais e premeditados. E quando
almas chegam a apostatar, há indivíduos que, cruzando os braços,
solenemente declaram: “Pois não dizia eu? Sabia perfeitamente que
com essa gente não se podia contar.” Deste modo adotam a ati-
tude de Satanás, e em seu espírito rejubilam porque suas malignas
suposições se provassem certas.
É natural depararmos nos que são moços e inexperientes, gran-
des imperfeições que devemos estar dispostos a suportar. Cristo nos
ordenou encaminhar os que são espiritualmente fracos, e nos torna
responsáveis se, por nossa conduta, forem levados ao desânimo,
desespero e ruína. A menos que cultivemos diariamente a tenra e
preciosa planta do amor, correremos o risco de tornar-nos egoís-
tas, apáticos, pessimistas e críticos, tendo-nos na conta de justos,
quando estamos longe de ser aceitos aos olhos de Deus. Alguns são
indelicados, ríspidos e severos. São como as cascas ouriçadas das
castanhas, ferem ao mais leve toque, e fazem muito mal por isso que
representam falsamente o caráter do amoroso Salvador.
Temos de atingir um padrão mais elevado ou seremos indignos
do nome de cristãos. Cumpre cultivarmos o espírito que Cristo
manifestou em Seu esforço para salvar os que erram. Estes Lhe
são tão caros como nós, e podem igualmente tornar-se troféus de
vitórias de Sua graça e herdeiros de Seu reino. Mas estão expostos
às ciladas de um inimigo astuto, ao perigo e corrupção, e sem a
graça salvadora de Cristo, caminham para a ruína certa. Pudéssemos
ver isto em sua plena realidade, quanto nosso zelo seria estimulado
e nossos esforços redobrados para atingir essas pessoas que estão
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necessitando de nosso auxílio, orações, simpatia e amor!
Trabalho abnegado por outros
Possam os que se têm revelado negligentes nesta obra conside-
rar sua responsabilidade em face do grande mandamento que diz:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Este dever impende so-
bre todos. De todos se requer que trabalhem, a fim de minorar os
sofrimentos de seus semelhantes e aumentar-lhes as bênçãos. Se
somos fortes em nossa resistência às tentações, cumpre-nos ajudar