Página 399 - Testemunhos Seletos 2 (2008)

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Internatos escolares
Para cursarem nossos colégios, muitos jovens são separados das
influências do círculo doméstico, próprias para abrandar e enternecer.
Exatamente ao tempo em que necessitam de vigilante fiscalização,
são retirados das restrições da influência paternal e de sua autoridade,
sendo lançados no convívio de grande número de outros da mesma
idade, de hábitos e caráter diversos. Alguns desses receberam em
criança bem pouca disciplina, e são superficiais e frívolos; outros
foram demasiado refreados e sentiram quando longe das mãos que
lhes seguravam as rédeas do controle talvez um tanto apertadas
demais, que eram livres para fazer como lhes aprouvesse. Desprezam
só o pensar em restrição. Por essas associações, são demasiadamente
acrescidos os perigos dos jovens.
Nossos internatos foram estabelecidos a fim de nossos jovens
não serem levados a flutuar daqui para ali, e serem expostos às más
influências que abundam em toda parte; mas para que, o quanto pos-
sível, se proveja uma atmosfera doméstica em que sejam preservados
de tentações à imoralidade, e sejam encaminhados a Jesus. A família
do Céu representa aquilo que a terrena devia ser; e nossos internatos,
onde se reúnem jovens em busca de preparo para o serviço de Deus,
devem-se aproximar o quanto possível do modelo divino.
Os professores colocados à testa desses lares, assumem sérias
responsabilidades; pois devem desempenhar o papel de pais e mães,
mostrando interesse nos alunos, em cada um, da mesma maneira que
os pais mostram nos filhos. Os variáveis elementos que compõem o
caráter da mocidade com quem são chamados a lidar, trazem sobre
eles cuidado e pesadas responsabilidades, e requer-se grande tato
bem como muita paciênci
para equilibrar na devida direção mentes
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torcidas por uma orientação errônea. Os professores precisam de
grande capacidade administrativa; cumpre-lhes ser leais aos princí-
pios, e todavia sábios e brandos, aliando o amor e a simpatia cristã
com a disciplina. Devem ser homens e mulheres de fé, de sabedoria
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Testimonies for the Church 6:168-175 (1900)
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