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Atos dos Apóstolos
Mas Aquele que havia de sofrer a morte pelas mãos de homens
vis, devia ressurgir como conquistador sobre o pecado e sobre a
sepultura. Sob a inspiração do Todo-poderoso, o suave cantor de
Israel havia testificado das glórias da manhã da ressurreição: “Alegra-
se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo
repousará seguro. Pois não deixarás a minha alma na morte, nem
permitirás que o teu Santo veja corrupção”.
Salmos 16:9, 10
.
Paulo mostrou quão intimamente havia Deus ligado o sacrifício
expiatório com as profecias referentes Àquele que devia, como um
cordeiro, ser “levado ao matadouro” O Messias daria Sua vida como
“expiação do pecado” Olhando através dos séculos as cenas do
sacrifício expiatório do Salvador, o profeta Isaías testificara que o
Cordeiro de Deus “derramou a Sua alma na morte, e foi contado
com os transgressores; mas Ele levou sobre Si o pecado de muitos,
e pelos transgressores intercede”.
Isaías 53:7, 10, 12
.
O Salvador profetizado viria, não como um rei temporal, para
livrar a nação judaica de opressores terrestres, mas como um homem
entre homens, para viver uma vida de pobreza e humildade, e ser afi-
nal desprezado, rejeitado e morto. O Salvador predito nas Escrituras
do Antigo Testamento Se ofereceria como um sacrifício em favor
da raça caída, cumprindo assim cada requisito da lei quebrantada.
NEle, os tipos sacrificais encontrariam seu antítipo, e Sua morte na
cruz emprestaria significado à inteira dispensação judaica.
Paulo falou aos judeus tessalonicenses a respeito de seu zelo
anterior pela lei cerimonial, e de sua maravilhosa experiência às
portas de Damasco. Antes de sua conversão, estivera ele confiando
numa piedade hereditária e falsa esperança. Sua fé não estivera anco-
rada em Cristo; em lugar disso, estivera confiando em formalidades
e cerimônias. Seu zelo pela lei estava dissociado da fé em Cristo,
sendo vão. Enquanto blasonava de ser irrepreensível na prática das
obras da lei, tinha recusado aceitar Aquele que tornara a lei valiosa.
Mas ao tempo de sua conversão, tudo havia sido mudado. Jesus
de Nazaré, a quem Paulo perseguira na pessoa de Seus santos, apa-
recera diante dele como o prometido Messias. O perseguidor vira-O
como o Filho de Deus, Aquele que viera à Terra em cumprimento
das profecias, e em cuja vida se cumprira cada detalhe dos Sagrados
Escritos.