A mensagem atendida
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de Cristo. Pela abundante misericórdia de Deus ele e seus irmãos
tinham sido sustentados em dificuldades, aflição e perigo. Não ha-
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viam eles modelado sua fé e ensino de maneira a agradar aos desejos
de seus ouvintes, nem sonegaram verdades essenciais à salvação
para tornar seu ensino mais atrativo. Tinham apresentado a verdade
com simplicidade e clareza, orando pela convicção e conversão das
pessoas. Tinham procurado manter a conduta em harmonia com seu
ensino, para que a verdade apresentada se recomendasse à consciên-
cia de cada homem.
“Temos, porém, este tesouro”, prosseguiu o apóstolo, “em vasos
de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de
nós”.
2 Coríntios 4:7
. Deus poderia ter proclamado Sua verdade por
meio de anjos sem pecado, mas esse não é Seu plano. Ele escolhe
seres humanos, homens cheios de fraquezas, como instrumentos
na execução de Seus desígnios. Os tesouros de valor inapreciável
são colocados em vasos terrestres. Por intermédio de homens Suas
bênçãos devem ser transmitidas ao mundo. Por meio deles Sua glória
deve brilhar em meio às trevas do pecado. Em amorável ministério
devem ir ao encontro dos necessitados e dos pecadores e guiá-los
à cruz. E em toda a sua obra devem tributar glória, honra e louvor
Àquele que é sobre tudo e sobre todos.
Referindo-se a sua experiência, Paulo mostrou que ao escolher
servir a Cristo não fora movido por motivos egoístas, pois seu cami-
nho tinha sido assediado por provas e tentações. “Em tudo somos
atribulados”, escreveu, “mas não angustiados; perplexos, mas não
desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas
não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do
Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste
também em nossos corpos”.
2 Coríntios 4:8-10
.
Paulo recordava a seus irmãos que, como mensageiros de Cristo,
ele e seus companheiros de trabalho estavam continuamente em
perigo. As privações que suportaram estavam comprometendo suas
forças. “E assim nós, que vivemos”, escreveu, “estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se
manifeste também em a nossa carne mortal. De maneira que em nós
atua a morte, mas em vós a vida”.
2 Coríntios 4:11, 12
. Sofrendo
fisicamente através de privações e fadigas, esses ministros de Cristo
estavam imitando Sua morte. Mas o que neles estava operando a