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Atos dos Apóstolos
morte, levava vida e saúde espiritual aos coríntios que, por crerem
na verdade, estavam sendo feitos participantes da vida eterna. Em
vista disso, os seguidores de Jesus deviam ser cuidadosos para não
aumentar, por negligência e desafeição, as cargas e trabalhos dos
obreiros.
“E temos portanto o mesmo espírito de fé”, continuou Paulo,
“como está escrito: Cri, por isso falei. Nós cremos também, por isso
também falamos”.
2 Coríntios 4:13
. Plenamente convencido da reali-
dade da verdade a ele confiada, nada poderia induzir Paulo a manejar
a Palavra de Deus enganosamente, ou a ocultar as convicções de seu
espírito. Ele não compraria riquezas, honra ou prazeres mediante
o conformar-se com as opiniões do mundo. Embora em constante
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perigo de martírio por causa da fé que havia pregado aos coríntios,
não estava intimidado; pois sabia que Aquele que havia morrido
e ressuscitado poderia ressuscitá-lo da sepultura, e apresentá-lo ao
Pai.
“Porque tudo isso é por amor de vós”, declarou, “para que a
graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de
graças, para glória de Deus”.
2 Coríntios 4:15
. Não para o engrande-
cimento próprio pregavam os apóstolos o evangelho. Era a esperança
de apresentar a salvação que os levava a devotar a vida a esse traba-
lho. E era essa esperança que os livrara de cessar seus esforços pelo
temor dos perigos que os ameaçavam ou do sofrimento real.
“Por isso”, declarou Paulo, “não desfalecemos; mas ainda que o
nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de
dia em dia”.
2 Coríntios 4:16
. Paulo sentia o poder do inimigo; mas
embora sua força física estivesse declinando, fiel e inabalavelmente
ele declarava o evangelho de Cristo. Revestido de toda armadura de
Deus, esse herói da cruz prosseguia no conflito. Sua voz animosa
proclamava-o triunfante no combate. Olhos fitos na recompensa dos
fiéis, ele exclamava em tom de vitória: “A nossa leve e momentânea
tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem;
porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são
eternas”.
2 Coríntios 4:17, 18
.
Muito ardente e tocante é o apelo do apóstolo para que seus
irmãos coríntios considerassem de novo o incomparável amor de seu
Redentor. “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo”,