Página 237 - Atos dos Ap

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A mensagem atendida
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escreveu, “que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre; para que
pela Sua pobreza enriquecêsseis”.
2 Coríntios 8:9
. Conheceis a altura
de onde Ele baixou; a profundeza da humilhação a que desceu. Uma
vez tendo entrado na senda da renúncia e do sacrifício, não recuou
até que tivesse dado a vida. Não houve repouso para Ele entre o
trono e a cruz.
Demoradamente, Paulo considerou ponto por ponto, para que to-
dos os que lessem sua epístola pudessem compreender amplamente
a maravilhosa condescendência do Salvador em seu benefício. Apre-
sentando a Cristo ao tempo em que Ele estava em igualdade com
Deus e com Ele recebendo homenagem dos anjos, o apóstolo traçou
Seu caminho até que Ele alcançou as mais baixas profundezas da
humilhação. Paulo estava convencido de que se fossem levados a
compreender o estupendo sacrifício feito pela majestade do Céu,
todo o egoísmo seria banido da vida deles. Ele mostrou como o Filho
de Deus tinha posto de lado Sua glória, submetendo-Se voluntaria-
mente às condições da natureza humana; e então, Se humilhara como
servo, tornando-Se obediente até a morte, “e morte de cruz” (
Filipen-
ses 2:8
), para que pudesse levantar o homem caído, da degradação à
esperança, à alegria e ao Céu.
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Quando estudamos o caráter divino à luz da cruz, vemos a mise-
ricórdia, a compaixão e o perdão, misturados à eqüidade e à justiça.
Vemos no trono Alguém tendo nas mãos, nos pés e no lado as
marcas do sofrimento suportado para reconciliar o homem com
Deus. Vemos um Pai, infinito, habitando na luz inacessível e todavia
recebendo-nos para Si através dos méritos de Seu Filho. A nuvem de
vingança que ameaçava apenas miséria e desespero, à luz da cruz re-
fletida revela as palavras de Deus: Vive, pecador, vive! Arrependido
e crente, vive! Eu já paguei o resgate!
Na contemplação de Cristo demoramo-nos na praia de um amor
sem limites. Procuramos falar deste amor, e a linguagem falha.
Consideramos Sua vida sobre a Terra, Seu sacrifício por nós, Sua
obra no Céu como nosso Advogado e as mansões que Ele está
preparando para os que O amam; e não podemos mais que exclamar:
Ó altura e profundidade do amor de Cristo! “Nisto está o amor, não
em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a
nós, e enviou Seu Filho em propiciação pelos nossos pecados”.
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