Página 241 - Atos dos Ap

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Uma igreja liberal
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todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na
Minha casa”.
Malaquias 3:10
. Se os professos cristãos levassem
fielmente a Deus os seus dízimos e ofertas, o divino tesouro estaria
repleto. Não haveria, então, ocasião para recorrer a quermesses,
rifas ou reuniões de divertimento a fim de angariar fundos para a
manutenção do evangelho.
As pessoas são tentadas a usar seus bens em benefício próprio,
na satisfação do apetite, no adorno pessoal ou no embelezamento
de seus lares. Nessas coisas muitos membros da igreja não hesitam
em gastar livremente, e até de forma extravagante. Mas quando
são solicitados a dar para o tesouro do Senhor, a fim de que se
promova Sua obra na Terra, titubeiam. Talvez, sentindo que não
podem escapar à conjuntura, dão à questão uma importância tão
insignificante que não raro gastam com coisas desnecessárias. Não
manifestam um amor real pelo serviço de Cristo, um fervoroso
interesse na salvação dos outros. Não é de admirar que a vida cristã
de tais criaturas seja uma existência atrofiada e doentia!
[189]
Aquele cujo coração se abrasa com o amor de Cristo considera
não apenas um dever, mas um prazer, ajudar no avanço da mais
elevada e santa obra delegada aos seres humanos — a obra de
apresentar ao mundo as riquezas da bondade, misericórdia e verdade.
É o espírito de cobiça que leva os homens a guardar para a
satisfação do eu, o que por inteira justiça pertence a Deus, e esse
espírito é-Lhe tão aborrecível agora como quando, por intermédio
do Seu profeta, severamente repreendeu Seu povo, dizendo: “Rou-
bará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que
Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição
sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação”.
Malaquias 3:8, 9
.
O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. Este espírito
encontra sua mais alta manifestação no sacrifício de Cristo sobre a
cruz. Em nosso benefício, o Pai nos deu Seu único Filho; e Cristo,
tendo renunciado a tudo o que possuía, entregou-Se para que o
homem pudesse ser salvo. A cruz do Calvário deve ser um apelo à
beneficência de cada seguidor de Cristo. O princípio aí ilustrado é
dar, dar. “Aquele que diz que está nEle, também deve andar como
Ele andou”.
1 João 2:6
.