Paulo prisioneiro
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lhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao
presidente Félix”.
Atos dos Apóstolos 23:23, 24
.
Nenhum tempo devia ser perdido em enviar Paulo. “Tomando
pois os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram
de noite a Antipátride”.
Atos dos Apóstolos 23:31
. Deste lugar
os cavaleiros foram com o prisioneiro para Cesaréia, enquanto os
quatrocentos soldados retornaram a Jerusalém.
O oficial a cujo cargo estava o destacamento, entregou a Félix
o prisioneiro, apresentando também uma carta que lhe tinha sido
confiada pelo tribuno:
“Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde. Esse
homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por
eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era
romano. E, querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao
seu conselho. E achei que o acusavam de algumas questões da sua
lei; mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.
E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a
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esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que
perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem”.
Atos dos
Apóstolos 23:26-30
.
Após ler a comunicação, Félix inquiriu de que província era o
prisioneiro, e informado que da Cilícia, disse: “Ouvir-te-ei... quando
também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardas-
sem no pretório de Herodes”.
Atos dos Apóstolos 23:35
.
O caso de Paulo não era o primeiro em que um servo de Deus
encontrava entre os pagãos um abrigo da maldade do professo povo
de Jeová. Em sua cólera contra Paulo, os judeus haviam acrescentado
mais um crime ao tenebroso catálogo que marcava a história desse
povo. Haviam endurecido ainda mais o coração contra a verdade e
tornado mais certa a sua condenação.
Poucos compreendem o amplo significado das palavras ditas
por Cristo quando, na sinagoga de Nazaré apresentara-Se como o
Ungido. Ele anunciara Sua missão de confortar, abençoar e salvar os
aflitos e pecadores; e então, vendo que a incredulidade e o orgulho
controlavam o coração de Seus ouvintes, Ele recordou que, no pas-
sado, Deus Se havia retirado de Seu povo escolhido por causa de sua
incredulidade e rebelião, e Se tinha manifestado aos das terras pagãs
que não haviam rejeitado a luz do Céu. A viúva de Sarepta e Naamã