Página 313 - Atos dos Ap

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Capítulo 42 — A viagem e o naufrágio
Este capítulo é baseado em
Atos dos Apóstolos 27
;
28:1-10
.
Paulo estava afinal a caminho de Roma. “E, como se determinou
que havíamos de navegar para a Itália”, escreve Lucas, “entregaram
Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da
coorte augusta. E, embarcando nós em um navio adramitino, par-
timos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco
Aristarco, macedônio, de Tessalônica”.
Atos dos Apóstolos 27:1, 2
.
No primeiro século da era cristã, as viagens por mar eram feitas
com peculiares dificuldades e perigos. Os marinheiros faziam a
sua rota em grande parte orientando-se pela posição do Sol e das
estrelas; e quando estes corpos celestes não apareciam, e havia
indício de tempestade, os proprietários dos navios temiam aventurar-
se em pleno mar. Durante uma parte do ano era quase impossível a
navegação sem riscos.
O apóstolo Paulo era agora chamado a suportar as difíceis ex-
periências que lhe poderiam tocar como um prisioneiro em cadeias
durante a longa e tediosa viagem para a Itália. Uma circunstância su-
avizou grandemente as dificuldades de sua vida — foi-lhe permitida
a companhia de Lucas e Aristarco. Em sua carta aos colossenses,
referiu-se ele mais tarde ao último como seu “companheiro de pri-
são” (
Colossences 4:10
); mas foi por vontade própria que Aristarco
partilhou da prisão de Paulo, a fim de poder confortá-lo em suas
aflições.
A viagem começou favoravelmente. No dia seguinte, lançaram
âncora no porto de Sidom. Ali Júlio, o centurião, “tratando Paulo
humanamente”, e sendo informado de que nesse lugar havia cristãos,
“lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele”.
Atos dos
Apóstolos 27:3
. Essa permissão foi grandemente apreciada pelo
apóstolo, que estava com a saúde debilitada.
Havendo deixado Sidom, o navio encontrou ventos contrários;
e tendo-se desviado de uma rota direta, seu progresso foi lento.
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