Capítulo 43 — Em Roma
            
            
              Este capítulo é baseado em
            
            
              Atos dos Apóstolos 28:11-31
            
            
              e da
            
            
              Epístola a Filemom
            
            
              .
            
            
              Vindo o tempo próprio para a navegação, o centurião e seus
            
            
              prisioneiros retomaram a viagem para Roma. Um navio alexandrino,
            
            
              o “Castor e Polux” (
            
            
              Atos dos Apóstolos 28:11
            
            
              ), tinha invernado em
            
            
              Malta, em sua viagem para o oeste, e nele os viajantes embarcaram.
            
            
              Embora um pouco retardada por ventos contrários, a viagem foi
            
            
              concluída, e o navio lançou âncora no belo porto de Potéoli, na costa
            
            
              da Itália.
            
            
              Nesse lugar havia uns poucos cristãos, e eles se empenharam
            
            
              com Paulo para permanecer com eles por sete dias, privilégio esse
            
            
              bondosamente concedido pelo centurião. Desde que receberam a
            
            
              epístola de Paulo aos romanos, os cristãos da Itália tinham avida-
            
            
              mente desejado uma visita do apóstolo. Não haviam imaginado vê-lo
            
            
              como prisioneiro, mas seus sofrimentos apenas o tornaram mais que-
            
            
              rido deles. Sendo a distância de Potéoli a Roma de apenas uns 220
            
            
              quilômetros, e estando o porto marítimo em constante comunicação
            
            
              com a metrópole, os cristãos de Roma foram informados da apro-
            
            
              ximação de Paulo, e alguns deles se adiantaram para encontrá-lo e
            
            
              saudá-lo.
            
            
              No oitavo dia depois de sua chegada, o centurião e seus prisionei-
            
            
              ros retomaram o caminho de Roma. Júlio de boa vontade permitiu
            
            
              ao apóstolo cada favor que estava em suas forças conceder, mas
            
            
              não lhe podia mudar a condição de prisioneiro nem libertá-lo das
            
            
              cadeias que o ligavam ao soldado que o guardava. Foi com o coração
            
            
              opresso que Paulo partiu para sua muito ansiada visita à metrópole
            
            
              do mundo. Quão diversas eram as circunstâncias do que ele imagi-
            
            
              nara! Como poderia ele, acorrentado e estigmatizado, proclamar o
            
            
              evangelho? Suas esperanças de conquistar muitos conversos para a
            
            
              verdade em Roma, pareciam destinadas ao desapontamento.
            
            
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