Última carta de Paulo
            
            
              353
            
            
              perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
            
            
              2 Timóteo
            
            
              3:13-17
            
            
              . Deus proveu meios abundantes para o êxito na luta contra o
            
            
              mal que há no mundo. A Bíblia é a armadura com que nos podemos
            
            
              equipar para a luta. Nossos lombos devem estar cingidos com a
            
            
              verdade. Nossa couraça deve ser de justiça. Na mão devemos ter o
            
            
              escudo da fé, e na cabeça o capacete da salvação; e com a espada do
            
            
              Espírito, que é a Palavra de Deus, devemos abrir caminho por entre
            
            
              as obstruções e embaraços do pecado.
            
            
              Paulo sabia estar perante a igreja um tempo de grande perigo.
            
            
              Sabia que uma obra fiel e zelosa devia ser feita pelos que tinham a
            
            
              responsabilidade das igrejas; assim escreveu a Timóteo: “Conjuro-
            
            
              te pois diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar
            
            
              os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues
            
            
              a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
            
            
              exortes, com toda a longanimidade e doutrina”.
            
            
              2 Timóteo 4:1, 2
            
            
              .
            
            
              Essa solene incumbência a alguém tão zeloso e fiel como era
            
            
              Timóteo é um forte testemunho da importância e responsabilidade
            
            
              da obra do ministro do evangelho. Chamando Timóteo ao tribunal
            
            
              de Deus, Paulo lhe ordenou pregar a Palavra, não fórmulas e pensa-
            
            
              mentos humanos; a testemunhar prontamente de Deus onde quer que
            
            
              se lhe apresentasse oportunidade — diante de grandes congregações
            
            
              ou de limitados círculos, junto aos caminhos e nos lares, a amigos e
            
            
              a inimigos, fosse em segurança ou exposto a dificuldades e perigos,
            
            
              injúria e danos.
            
            
              Temendo que a disposição branda e condescendente de Timóteo
            
            
              pudesse levá-lo a esquivar-se de uma parte essencial de sua obra,
            
            
              Paulo exortou a ser fiel em reprovar o pecado, e a repreender mesmo
            
            
              com firmeza os que fossem culpados de males graves. Contudo,
            
            
              [283]
            
            
              devia fazê-lo “com toda a longanimidade e doutrina”.
            
            
              2 Timóteo 4:2
            
            
              .
            
            
              Devia ele revelar a paciência e o amor de Cristo, tornando claras
            
            
              suas reprovações e reforçando-as pelas verdades da Palavra.
            
            
              Odiar e reprovar o pecado, e ao mesmo tempo mostrar piedade e
            
            
              compaixão pelo pecador é uma difícil tarefa. Quanto mais ardentes
            
            
              forem nossos próprios esforços para manter a santidade do coração
            
            
              e da vida, tanto mais aguda será nossa percepção do pecado, e
            
            
              mais decidida nossa desaprovação de qualquer desvio do direito.
            
            
              Precisamos guardar-nos contra a indevida severidade no trato com
            
            
              os que erram; mas precisamos também ser cuidadosos para não