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Atos dos Apóstolos
trevas? Achavam-se em jogo decisões importantes para o mundo. Os
que haviam aceitado a fé reformada reuniram-se, sendo sua unânime
decisão: “Rejeitemos este decreto. Em questões de consciência, a
maioria não influi” (D’Aubigné,
História da Reforma
, livro 13, cap.
5).
Esse princípio tem de ser mantido firmemente em nossos dias.
A bandeira da verdade e da liberdade religiosa desfraldada pelos
fundadores da igreja do evangelho e pelas testemunhas de Deus
durante os séculos decorridos desde então, foi, neste último conflito,
confiada a nossas mãos. A responsabilidade por esse grande dom
repousa com aqueles a quem Deus abençoou com o conhecimento
de Sua Palavra. Temos de receber essa Palavra como autoridade
suprema. Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma
instituição designada por Deus, e ensinar obediência a ele como
um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas
exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que
obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus
precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação
humana. Um “Assim diz o Senhor”, não deve ser posto à margem
por um “Assim diz a igreja”, ou um “Assim diz o Estado” A coroa
de Cristo tem de ser erguida acima dos diademas de autoridades
terrestres.
Não se nos exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras,
quer faladas quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas,
para que não sejamos tidos na conta de proferir coisas que nos façam
parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer
coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho.
Temos de avançar em nome de Cristo, defendendo as verdades que
nos foram confiadas. Se somos proibidos pelos homens de fazer
essa obra, podemos, então, dizer como os apóstolos: “Julgai vós se é
justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus? Porque
não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.
Atos dos
Apóstolos 4:19, 20
.
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