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Atos dos Apóstolos
tecesse triunfar o inimigo em seus esforços de disseminar divisão
entre os crentes.
Os discípulos de Jesus tinham chegado a uma crise em sua expe-
riência. Sob a sábia direção dos apóstolos, que trabalhavam unidos
no poder do Espírito Santo, a obra indicada aos mensageiros do
evangelho havia-se desenvolvido rapidamente. A igreja se ampliava
de contínuo, e o crescimento em membros representava constante
aumento de trabalho para os que tinham responsabilidades. Pessoa
alguma, ou mesmo um grupo de homens, poderiam levar sozinhos
o pesado fardo sem pôr em perigo a prosperidade futura da igreja.
Havia necessidade de uma redistribuição das responsabilidades que
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tão fielmente tinham sido levadas por uns poucos nos primeiros
dias da igreja. Os apóstolos precisavam dar, então, um importante
passo para a organização do evangelho na igreja, pondo sobre outros
alguns dos encargos até então levados somente por eles.
Convocando uma reunião dos crentes, os apóstolos foram levados
pelo Espírito Santo a esboçar um plano para a melhor organização
de todas as forças ativas da igreja. Chegara o tempo, declararam os
apóstolos, em que os chefes espirituais que superintendiam as igrejas
deveriam ser aliviados da tarefa de distribuir aos pobres, e de outros
encargos semelhantes, de modo que pudessem estar livres para levar
avante a obra de pregar o evangelho. “Escolhei pois, irmãos, dentre
vós,” disseram eles, “sete varões de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante
negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da
Palavra”.
Atos dos Apóstolos 6:3, 4
. Este conselho foi seguido e,
pela oração e imposição das mãos, sete homens escolhidos foram
solenemente separados para seus deveres como diáconos.
A designação dos sete para tomarem a direção de ramos especiais
da obra mostrou-se uma grande bênção para a igreja. Esses oficiais
tomaram em cuidadosa consideração as necessidades individuais,
bem como os interesses financeiros gerais da igreja; e, pela sua
gestão acautelada e seu piedoso exemplo, foram, para seus colegas,
um auxílio importante em conjugar os vários interesses da igreja em
um todo unido.
Que este passo estava no desígnio de Deus é-nos revelado nos
imediatos resultados para o bem, que se viram. “Crescia a Palavra de
Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos,