Página 73 - Atos dos Ap

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O primeiro mártir cristão
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Nenhuma sentença legal fora pronunciada contra Estêvão, mas
as autoridades romanas foram subornadas com grandes somas de
dinheiro para não fazerem investigação sobre o caso.
O martírio de Estêvão produziu profunda impressão em todos os
que o presenciaram. A lembrança da aprovação de Deus em sua face;
suas palavras que tocaram o coração dos que as ouviram, permane-
ceram na mente dos espectadores e testificaram da verdade do que
ele havia proclamado. Sua morte foi uma rude prova para a igreja,
mas resultou na convicção de Saulo, que não pôde apagar de sua
memória a fé e constância do mártir e a glória que lhe resplandeceu
no rosto.
Na cena do julgamento e morte de Estêvão, Saulo parecera estar
imbuído de um zelo frenético. Depois, ficara irado com sua própria
convicção íntima de que Estêvão fora honrado por Deus, ao mesmo
tempo em que era desonrado pelos homens. Saulo continuou a
perseguir a igreja de Deus, afligindo os seus membros, prendendo-os
em suas casas e entregando-os aos sacerdotes e príncipes para prisão
e morte. Seu zelo em levar avante essa perseguição aterrorizou os
cristãos em Jerusalém. As autoridades romanas nenhum esforço
especial fizeram para deter a cruel obra e secretamente ajudavam os
judeus, a fim de conciliá-los e assegurar seu favor.
Depois da morte de Estêvão, Saulo foi eleito membro do conse-
lho do Sinédrio, em consideração à parte que desempenhara naquela
ocasião. Durante algum tempo, foi um instrumento poderoso nas
mãos de Satanás para promover sua rebelião contra o Filho de Deus.
Logo, porém, esse implacável perseguidor deveria ser empregado em
edificar a igreja que, então, tentava destruir. Alguém mais poderoso
que Satanás escolhera Saulo para tomar o lugar do martirizado Estê-
vão, a fim de pregar e sofrer pelo Seu nome e propagar extensamente
as novas da salvação por meio de Seu sangue.
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