Capítulo 16 — O emprego de remédios
A doença nunca vem sem causa. O caminho é preparado, e a
doença convidada, pela desconsideração para com as leis da saúde.
Muitos sofrem em conseqüência da transgressão dos pais. Embora
não sejam responsáveis pelo que seus pais fizeram, é no entanto seu
dever procurar verificar o que é e o que não é violação das leis da
saúde. Devem evitar os hábitos errôneos de seus pais, e mediante
uma vida correta colocar-se em melhores condições.
O maior número, todavia, sofre devido a sua própria direção
errônea. Desatendem aos princípios de saúde por seus hábitos de co-
mer e beber, vestir e trabalhar. Sua transgressão das leis da natureza
produz os infalíveis resultados; e, ao sobrevir-lhes a doença, muitos
não atribuem seu sofrimento à verdadeira origem, mas murmuram
contra Deus por causa de suas aflições. Mas Deus não é responsável
pelo sofrimento que se segue ao menosprezo da lei natural.
Deus nos dotou com certa quantidade de força vital. Formou-nos
também com órgãos adequados à manutenção das várias funções da
vida, e designa que esses órgãos operem juntamente, em harmonia.
Se preservamos cuidadosamente a força vital, mantendo o delicado
mecanismo do corpo em ordem, o resultado é saúde; mas, se a
força vital é esgotada muito rapidamente, o sistema nervoso toma
emprestado de seus fundos de resistência a força necessária para
o uso, e, quando um órgão é prejudicado, todos são afetados. A
natureza sofre muito abuso sem aparente resistência; levanta-se
então, fazendo decidido esforço para remover os efeitos do mau
tratamento a que foi submetida. Seus esforços para corrigir estas
condições manifestam-se muitas vezes em febre e várias outras
formas de doença.
Remédios racionais
— Quando o abuso da saúde é levado tão
longe que traz em resultado a enfermidade, o doente pode muitas
vezes fazer por si mesmo o que ninguém mais pode fazer. A primeira
coisa é verificar o verdadeiro caráter do mal, e então operar inte-
ligentemente para remover a causa. Se a harmoniosa operação do
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