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Capítulo 18 — Em contato com a natureza
O Criador escolheu para nossos primeiros pais o ambiente que
mais convinha a sua saúde e felicidade. Não os colocou num palácio,
nem os rodeou dos adornos e luxos artificiais que tantos lutam hoje
em dia por obter. Pô-los em íntimo contato com a natureza, em
estrita comunhão com os santos seres celestiais.
No jardim que Deus preparou para servir de lar a Seus filhos,
graciosos arbustos e flores delicadas saudavam por toda parte o
olhar. Havia árvores de toda variedade, muitas delas carregadas de
aromáticos e deliciosos frutos. Em seus ramos gorjeavam os pássaros
seus cânticos de louvor. À sua sombra, livres de temor, brincavam
juntas as criaturas da Terra.
Adão e Eva, em sua imaculada pureza, deleitavam-se nas cenas
e nos sons do Éden. Deus lhes designara o trabalho no jardim —
“[...] o lavrar e o guardar”.
Gênesis 2:15
. O trabalho de cada dia lhes
trazia saúde e contentamento, e o feliz par saudava com alegria as
visitas de seu Criador, quando, na viração do dia, andava e falava
com eles. Diariamente lhes ensinava Deus Suas lições.
O plano de vida que o Senhor designara a nossos primeiros pais
encerra lições para nós. Embora haja o pecado lançado suas som-
bras sobre a Terra, Deus deseja que Seus filhos encontrem deleite
nas obras de Suas mãos. Quanto mais estritamente for seguido Seu
plano de vida, tanto mais maravilhosamente operará Ele para res-
taurar a sofredora humanidade. O doente necessita ser posto em
íntimo contato com a natureza. Uma vida ao ar livre, num ambiente
natural, operaria maravilhas em favor de muitos inválidos, quase
sem nenhuma esperança.
O rumor, a confusão e agitação das cidades, sua vida constran-
gida e artificial, são muito fatigantes e exaustivos para o doente. O
ar, carregado de fumaça e pó, de gases venenosos e de germes de
doenças, constitui um perigo para a vida. Os doentes se encerram,
na maioria dos casos, dentro de quatro paredes, e chegam a sentir-se
por assim dizer, prisioneiros em seu quarto. Ao olharem para fora, a
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