Capítulo 32 — Influências do lar
O lar deve ser para as crianças o mais atrativo lugar do mundo,
e sua maior atração deve ser a presença da mãe. As crianças têm
natureza sensível e amorosa. Facilmente se consegue agradá-las, e
facilmente também se sentem infelizes. Mediante uma disciplina
branda, com palavras e atos amáveis, as mães podem unir os filhos
ao seu coração.
As crianças gostam de ter companhia, e raramente se podem
divertir sozinhas. Anseiam simpatia e ternura. O que lhes dá prazer,
elas crêem que também o dá à mãe; e é natural que a ela se dirijam
com suas pequeninas alegrias e pesares. A mãe não deve ferir-lhes
o coraçãozinho tratando com indiferença essas coisas que, embora
insignificantes para ela, são de grande importância para as crianças.
A simpatia e aprovação que ela lhes dispensa são preciosas. Um
olhar de aprovação e uma palavra de ânimo ou louvor, serão como
um raio de sol em seu coraçãozinho tornando-as às vezes felizes o
dia inteiro.
Em vez de mandar que os filhos se afastem dela, a fim de não ser
molestada pelo barulho que fazem, ou perturbada por suas peque-
ninas necessidades, imagine a mãe algum divertimento ou trabalho
leve, para entreter a mente e suas ativas mãozinhas.
Penetrando em seus sentimentos, dirigindo-lhes os brinquedos
e as ocupações, a mãe conquistará a confiança dos filhos, podendo
com mais eficácia corrigir-lhes os hábitos errôneos, ou combater-
lhes as manifestações de egoísmo ou mau gênio. Uma palavra de
advertência ou de reprovação, dita oportunamente, será de grande
valor. Mediante paciente e vigilante amor, ela poderá dar à mente
das crianças a verdadeira direção, nelas cultivando belos e atrativos
traços de caráter.
As mães devem guardar-se de educar os pequenos de maneira
a se tornarem dependentes, e absorvidos consigo mesmos. Nunca
os leveis a cuidar que são o centro, e que tudo o mais deve girar em
torno deles. Alguns pais dedicam demasiado tempo e atenção para
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