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A Ciência do Bom Viver
vadas e santas veredas de pureza. Mediante a assombrosa operação
de Sua graça, temos de nos tornar completos nEle.
Jesus adquiriu Sua educação no lar. Sua mãe foi-Lhe a primeira
professora humana. De seus lábios e dos rolos dos profetas, apren-
deu Ele as coisas celestes. Vivia numa casa de camponeses, e fiel
e alegremente desempenhou Sua parte nas responsabilidades do-
mésticas. Aquele que fora o Comandante dos Céus era agora servo
voluntário, filho amante e obediente. Aprendeu um ofício, e traba-
lhava com Suas próprias mãos na carpintaria com José. Nos trajes
de um operário comum, caminhava pelas ruas da pequenina cidade,
indo para Seu humilde serviço, e dele voltando.
O povo daquela época avaliava as coisas pelas aparências ex-
teriores. À medida que a religião declinara em poder, crescera em
pompa. Os educadores de então buscavam impor respeito mediante
exibição e ostentação. A vida de Jesus apresentava um frisante con-
traste com tudo isso. Ela demonstrava a falta de valor daquilo que os
homens consideravam ser as coisas essenciais da vida. As escolas de
Seu tempo, com sua maneira de engrandecer coisas insignificantes
e amesquinhar as grandes coisas, não as procurou Ele. Sua educa-
ção foi recebida das fontes indicadas pelo Céu, do trabalho útil, do
estudo das Escrituras, da natureza e das experiências da vida — os
compêndios divinos, cheios de instruções para todos quantos neles
põem mãos voluntárias, olhos atentos e coração entendido.
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“O Menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabe-
doria; e a graça de Deus estava sobre Ele”.
Lucas 2:40
. Assim
preparado saiu para Sua missão, exercendo sobre os homens, em
todos os momentos de Seu contato com eles, uma influência que
beneficiava, um poder que transformava, influência e poder que o
mundo jamais testemunhara.
O lar é a primeira escola da criança, e é aí que se devem lançar
as bases para uma vida de serviço. Estes princípios não devem ser
ensinados meramente em teoria. Devem orientar toda a educação da
vida.
Desde bem cedo, deve-se ministrar à criança a lição da presti-
mosidade. Logo que suas forças e a faculdade de raciocínio estejam
suficientemente desenvolvidas, devem-se-lhe confiar deveres a de-
sempenhar em casa. Deve ser estimulada a tentar auxiliar o pai e a
mãe, estimulada a ser abnegada e a dominar-se a si mesma, a colocar