O ministério em favor dos ricos
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fino: “Tu és a minha confiança; [...] assim negaria a Deus, que está
em cima”.
Jó 31:24, 28
. “Nenhum deles, de modo algum, pode remir
a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele (pois a redenção da sua
alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes)”.
Salmos 49:7,
8
.
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As riquezas e as honras mundanas não podem satisfazer a alma.
Muitos dentre os ricos anseiam por alguma divina certeza, alguma
esperança espiritual. Muitos, anelam alguma coisa que lhes venha
pôr termo à monotonia de uma vida sem objetivo. Muitos, em sua
vida profissional, sentem a necessidade de alguma coisa que não
possuem! Poucos entre eles vão à igreja; pois sentem que pouco be-
nefício recebem. Os ensinos que recebem não lhes tocam o coração.
Não lhes faremos, nós, nenhum apelo pessoal?
Entre as vítimas da necessidade e do pecado encontram-se aque-
les que já possuíram fortuna outrora. Homens de várias carreiras
e posições diversas na vida foram vencidos pelas corrupções do
mundo, pelo uso da bebida forte, por se entregarem às concupiscên-
cias, e caíram sob a tentação. Ao passo que esses caídos requerem
piedade e auxílio, não se deveria atender aos que ainda não desce-
ram a essas profundidades, mas que estão pondo os pés na mesma
estrada?
Milhares que ocupam posições de confiança e honra estão con-
descendendo com hábitos que significam ruína para o corpo e a alma.
Ministros do evangelho, estadistas, escritores, homens de fortuna e
de talento, homens de vasta capacidade comercial, de aptidões para
ser úteis, encontram-se em perigo mortal, porque não reconhecem a
necessidade do domínio de si mesmos em todas as coisas. É neces-
sário que se lhes chame a atenção para os princípios de temperança,
não por maneira estreita e arbitrária, mas à luz do grande desígnio
de Deus para a humanidade. Pudessem os princípios da verdadeira
temperança ser-lhes assim apresentados, e muitos dentre as classes
mais elevadas haveriam de reconhecer seu valor e aceitá-los com
sinceridade.
Deveríamos mostrar a essas pessoas os resultados das nocivas
complacências em diminuir as energias físicas, mentais e morais.
Ajudai-os a compreender sua responsabilidade como mordomos dos
dons de Deus. Mostrai-lhes o bem que poderiam fazer com o di-
nheiro que agora gastam com aquilo que só mal lhes faz. Apresentai-