Página 29 - Caminho a Cristo

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Abra o coração a Deus
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maneira franca e sincera. O pecador não deve ser forçado a confessar.
Também não deve ser feita de maneira displicente e descuidada, nem
exigida daqueles que não reconhecem o terrível caráter do pecado. A
confissão que é o desafogar do coração é a que chega até o Deus da
infinita misericórdia. Diz o salmista: “Perto está o Senhor dos que
têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido”.
Salmos
34:18
.
[35]
A confissão verdadeira sempre tem um caráter específico e re-
conhece cada pecado em particular. Esses pecados podem ser do
tipo que devem ser levados unicamente a Deus; podem ser erros
que precisam ser confessados àqueles que sofreram a ofensa; ou
podem ter um caráter público, devendo, então, ser confessados em
público. Mas toda confissão deve ser objetiva e direta, reconhecendo
os pecados dos quais somos culpados.
Nos dias de Samuel, os israelitas se afastaram de Deus. Eles
sofreram as consequências do pecado, pois perderam a fé em Deus,
a capacidade de discernir o Seu poder e sabedoria para governar
a nação, a confiança na Sua habilidade de defender e vindicar Sua
causa. Eles voltaram as costas para o grande Rei do Universo e
quiseram ser governados como as demais nações. Antes de encontrar
a paz, fizeram a seguinte confissão: “A todos os nossos pecados
acrescentamos o mal de pedir para nós um rei”.
1 Samuel 12:19
. O
pecado do qual haviam sido convencidos teve que ser confessado. A
ingratidão lhes oprimia o coração e os separava de Deus.
A confissão não é aceitável a Deus sem sincero arrependimento
e reforma. É preciso que haja mudanças decisivas na vida; tudo o
que for ofensivo a Deus deve ser afastado. Isso será o resultado de
uma genuína tristeza pelo pecado. A obra que devemos realizar está
claramente diante de nós: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade
de vossos atos de diante dos Meus olhos; cessai de fazer o mal.
Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor;
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defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas”.
Isaías
1:16, 17
. “[Se] restituir o perverso o penhor, e pagar o furtado, e
andar nos estatutos da vida, e não praticar a iniquidade, certamente,
viverá; não morrerá”.
Ezequiel 33:15
. Paulo diz, ao falar da obra do
arrependimento: “Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo
em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que
indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita [desejo